sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Felice Ano Nuovo

Bongiorno signora, bongiorno caríssimo. É sempre um grand piacere estar aqui com vocês. Espero que no próximo anni a gente possa se divertir mais, encontrar piacere nas cosa simples da vita, sem precisar ficar com a cabeça no pagamento das conta e nessa aflicione de ir pra lá e pra cá, sensa sapere se está indo na direcione certa ou na errada.
A mia receita de felicitá é multo simples: faz aquilo que ama. Se entrega de tutto o su coracione. Non deixa reserva. Vai em frente. Enfrenta su objetivo e persevera. Conquista e segue em frente. A vita é curta, mas a arte é longa, já dicia o grand filósofo. Ele queria dizer o seguinte: si o signore non ama o qui está fazendo, pára de fazer. A vita é curta pra se perdere com aquilo qui non nos dá satisfacione. Pensa na sua obra, no seu castelo. Constrói ele pedra por pedra. Lá na frente, um dia, você non vai me acreditar como ele a ficado grand.
Cuando vierem as dificultá, os obstáculo, passa por eles e segue em frente. Non fica piagendo pela oportunitá perdita. Outra vai surgir lá adiante. É essa que vale a pena.
Segue em frente. Descobre o piacere de dar, sensa preocupacione de recebere. Non espera mudarem o mondo. Toma a iniciativa. Muda o mondo qui está na sua volta.
Seja paciente com os qui pedem. Ajuda quem merece. Estende a mano pra quem se afoga.
Abra su coracione com o amice próximo. Aproveita o dia de sol. No dia de chuva, tira o sapato e passeia pelas grama molhada. Respira. Você vive. Levanta as mano para o celo e agradece. "Gracia a Dio, por mais um giorno sobre a Terra." Pensa em fazere o melhor para o su paise, sua citá, su bairro, sua rua e o dentro da sua casa.
Se oggi non está bono, manhana melhora. Tenha fé em Dio, mas tenha fé principalemente em si mesmo.
Bongiorno 2008. Seja benvenuto.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Bon Natale e felice 2008

Bongiorno signora, bongiorno cavalieri.

É um grand piacere estar aqui com os caríssimos amici nesta nova plataforma digitale.
Quero desejar, de tutto o mio coracione, um excelente Natale e um ano novo pleno de alegria e realizaciones. Que em 2008 a gente se preocupe menos com a violenza e mais com o sorriso dos bambini; que a gente chore menos, se preocupa menos; e tenha mais motivo pra rir das cosa bela do nosso mondo.

O Natale, per me, tem um sapore speciale. É uma data qui me lembra aconchego, família, os piacere das cosa simples e qui nos deixa encantado. Fecho os mios ochio e me vejo de volta à infância. A mia querida nona preparando a Ceia. O cheiro delicioso qui venia da cocina. Aquela mistura dos aroma. O panetone que saía fumegante do fogão Continentale, um aparato pequeno, de uma colore indefinida, com uma pintura em forma de pintinhas, mas que era capace de produzire uma série de delícias increibiles.

Mais o qui io me chama mesmo a memória e qui me deixa ainda emocionado nesses dias de oggi era a lembrança da mia família, em volta da mesa. As face corada. As conversa qui às vezes se tornava acalorada, com as discussione da política. Mais acima de tutto o qui ficava presente nas memória mia de bambino era o piacere, a felicitá de tutto eles unido no círculo único qui representa a famiglia.

Espero um Natale speciale a tutto os mios amici lettore, qui me acompanharo nas página do Diário e agora vem se encontrar comigo aqui na Internética. Quero agradecere de coracione a tutta as carta, os e-mail qui me foram enviado, e dizere qui o carino de vocês foi o melhor presente qui io podia pedir a Dio.

Fica com Gesu e sob a protecione de Nossa Senhora da Aparecida. Qui Dio proteja tutta su famiglia, qui a pace reina na sua casa, qui o signore e a signora tenha mais motivo pra se encantar com a felicitá e com as possibilitá qui a vida nos oferece.

Arrivederci.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Porcone

Caro amico,

Per podere riderci un pó !!!

Helvio Fortaleza / CE

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mio amice Arquimedes


Veja, caríssimo, qui belíssimo cartone de Natale me a enviado mio amice Arquimedes Pessoni, notábile giornalista e professore de Comunicacione.
Ao lado dele, estao Rose e Natália.

Carino

Bongiorno signora, bongiorno caríssimo. Durante o período em qui io a escrito para o Diário do Grande ABC, uma lettora multo speciale me a escrito quasi diariamente. É uma persona qui me vóglia conhecere pessoalmente e partilhare de su amizade. Veja qui bela carta qui ela me a escrito:

Como sempre fiz nos últimos 3 anos, peguei o jornal de domingo e fui direto para a página da sua coluna e só então acreditei. Nossa Beppo senti uma dor profunda, uma tristeza mesmo. E imagino que você também deve estar chateado. Se estiver, pense assim: O Diário foi muito legal, mas era um apêndice na sua vida, porque quando o Diário chegou em você, sua vida já estava pronta - família, amigos, bar do Pinhata, pizzaria do Gino...Foi um apêndice legal, claro, porque te projetou e você conquistou mais amigos e o carinho de várias pessoas. Entretanto, quando o apêndice apresenta algum problema ele é retirado e não faz falta, certo? Então bola pra frente, o Diário é quem perde. Mas, ao mesmo tempo, fiquei muitíssimo feliz por você ter colocado seu blog no ar porque agora posso acessá-lo sempre e continuar essa ligação com você que me faz tão bem e ainda relembrar as crônicas que você já escreveu. Aquelas em que você citou o meu nome eu recortei e guardei. Beppo, quanto aquela homenagem que você fez aos seus leitores citando o meu nome, saiba que foi um dos momentos mais emocionantes que já passei e ficará marcado para sempre em minha vida. Você já faz parte da história do Diário e, por tabela, eu também estou inserida nela pois fiz parte da sua derradeira coluna no jornal. Eu lhe desejo Feliz Natal com muitas alegrias junto aos seus e que 2008 lhe traga novos desafios. E me aguarde, porque ainda não desisti da idéia de dar plantão no bar do Pinhata para enfim conhecê-lo pessoalmente. Assim que descobrir o endereço do bar vou me programar. Um forte abraço do fundo do meu coração. Sua amici Badiha Moustapha Jarouche.

Agradeço multo suas palavra, caríssima signora. Só o fato de ter conhecido pessoas assi, como a signora, me deixa com a sensacione do devere cumprido.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Arrivederci

Escrevo questa coluna pela última vez no giornale Diário do Grande ABC. Foram três anni de multa felicitá e piacere. Multos lettore me escrevero, sempre com carino e respeto.
Devo dire qui no começo, cuando comecei a colocar no computadore os pensamento da mi cabeça, a mia signora a ficado preocupada. Ela achava qui os lettore revoltado ia pôr abaixo questo grandíssimo giornale.
"Um giorno eles se cansa das bobage qui você escreve, seu maledetto, e vão empastelar o prédio do Diário", ela me dicia.
Passaro os tempo, o prédio do Diário a permanecido no lugar e io mesmo nunca qui me levei uma pedrata na cabeça. Ao contrário, os lettore me enviaro livro de aventura, de poesia, belas carta e até um estudante de comunicacione sociale me convidou pra dar umas palestra.
Lá no Bar do Pinhata, os mios amici me chamava de “giornalista” e até nas rua os vizinho me cumprimentava, com um aceno. Os homem levantava o chapéu. Quer dizer, fazia aquele gesto de levantare o chapelo, perche oggi nensuno mais usa questo ornamento.
Nesses três anni, io a procurado contar a história das pessoa da mia vila, com multa dignidade e respeito. Teve vez qui io a ficado multo chateado, como cuando a povera cachorrinha Cindy a morrido sufocada, presa dentro de um carro no estacionamento de um shopping da regione.
Mais no generale espero ter divertido os lettore com as mias história, tutta elas verdadeira e por isso mesmo nem sempre com pé e cabeça nos lugar qui deveria.
Agradeço do fundo do coracione ao mio grand amice Evenson Dotto, “o dono do giornale”, qui me a proporcionado questa grand aventura.
Agradeço aos lettore qui me escrevero pra comentar as bobage qui io escrevia.
E quero fazere um agradecimento speciale à lettora Badiha Jarouche, qui me a escrito tutta as settimana, desde qui questa coluna a começado, e, citando o nome dela, homenagear tutto os mios lettore.
Como dicia o grand Juó Bananére, “poeta, barbière e soldato”, eterno “gandidato a Academia Baolista de Letras”, “vai a primiéra pombigna dispertada, I maise otra vai disposa da primiéra; I otra maise, i maise otra, i assi dista maniera,Vai s'imbota tutta pombarada”.
Assim como as pombigna do Juó Bananére, io também ponho a mia viola no saco e vou m’embora.
Fica com Dio. Qui Gesu e Nossa Senhora da Aparecida proteja tutta su famiglia. Arrivederci.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

As lembrança

Io estava outro giorno pensando nas coisa qui tenha me acontecido na vita, as boa e as ruim, fazendo um desses balanço, qui a gente costuma fazer, em fim de anni, cuando io a chegato a conclusione qui a gente leva desse mondo um rosário de momentos e sensaciones. Alguns deles são bono e outros, não multo.
O mio zio Zeca, por exemplo, qui a sido o único integrante da família Moratti na grand finale de 1950 entre Brasile e Uruguai...
O signore si lembra qui o Brasile precisava só de um empate pra virar campione do mondo e non é qui eles me perde do Uruguai. O mio Zeca dice qui a ficato com um gosto ruim na boca, com um sapore de fel entre os dente, cuando a visto o maledeto do Giggia, entrando na área brasiliana, avançando com perigo, até chutar rasteiro a bola qui me passou debaixo da barriga do povero Barbosa. Uruguai 2 a 1. Brasile derrotado.
Uma disgrazia nacionale. Um país em luto. Felizmente pro mio zio Zeca a tristeza dele a durado pouco. Nesse giorno, ele a conhecido uma belíssima dona na praia de Copacabana, com quem ele si casou e tive vários filho. Assim, a pior lembrança da vita dele é também associada a melhor de tutti.
As mia lembrança de futebole son mais felice. Lembro da maior equipe de tutto os tempo qui a pisado em cima dos gramado. Era um ataque fulminante, histórico, fundamentale: Durvale, Mengalvilo, Coutino, Pelé e Peppe. Io non sou torcedore do Santos, mais cuando esses moço giocava junto os mio olho se enchia de piacere. Era uma orquestra em campo, uma vertigem, algo mágico, qui nunca mais vai se repetir na história dos tempo.
Outras bela recordacione son o primo baccio apaixonado em uma dona, a namorada, aquela fragrância perfumada qui cobriu minha existência de encanto e fascinacione.
A vez em qui io a viajado solo para o exterior. Me recorda a paisage da primavera em Parisi; de um Sol de outono em Venezia, uma das piu bela citá del mondo; uma noite speciale de multo fredo em Londra, a neve cobrindo e tapando a janela de um apartamento no último andar.
Como se esquecer o giorno em qui se pede a mulher amata em casamento, o nascimento de um filho, a prima vez qui vai se buscar o menino na porta da escola, o momento em qui o bambino anda de bicicleta e sai pedalando pelo mondo afora.
Momentos simples e mágico: o cheiro do pão assando; o rosto da mia nonna preparando a Ceia de Natale; a mão do mio papa estendida para a mia.
Cuanto as má lembrança non lo sei. Prefiro manter uma colecione dos bom momento, um rosário de conquista e felicitá. Multa gente mantene aberto su baú de rancores. O mio fica fechado. Sempre.

O Bar do Bolinho 2

Questa settimana io a recebido uma notícia fantástica. O Bar do Bolinho, um dos mais famoso do Grandíssimo ABC, vai abrir uma filiale. Quem me a dado questa informacione a sido o dono, signore Ricardo Hidaka. É uma belíssima informacione, perche o Bar do Bolinho é um dos lugar mais saboroso de nostra regione. Os bolinho são uns mais gostoso qui o outro. Aquele de carne com as pimenta qui a gente joga por cima são inesquecibile. Tem umas coisa de giaponês, feita com uns camarone frito, qui também são de levantar os defuntos do túmulo. É um lugar qui deveria ser tombado pelos patrimônio da história. Parabéns, signore Hidaka. Continua gerando os emprego e fazendo história no Grandíssimo ABC.
Outro lugar qui deveria ser tombado é o Bar do Pinhata, perche é um dos pouco bar do mondo qui tem cancha de bocha. A bonna notícia do Pinhata é qui ele me arrumou um cachorro novo. É um substituto do Gerente, qui a morrido depois qui comeu estricnina do rato. Esse novo canheto também si chama Gerente. A gente ainda non sabe si o novo Gerente vai comer bolinho de bacalhau e tomar pinga, como o saudoso Dentinho fazia, aquele canheto qui oggi mora com os anjo.
O signore sabe qui questo Diário a fato uma pesquisa sobre a idéia da Prefeitura de São Bernardo de construir uma Escola dos Ecologista na Chácara Silvestre. Si a signora non se recorda, digo qui o único problema é pra fazer questa escola, eles vão derrubar um monte de árvore. Como io a dito na settimana passada é uma escola qui já começa errada desde a prima aula.
Bene, a pesquisa do Diário com os lettore mostrou qui 65% das pessoa acha “um absurdo”, assim mesmo, com tutta as letra, “um absurdo” fazer uma escola qui ensina a amar as árvore, cuja prima lecione é derrubar as árvore. Um absurdo, repito io.
A Prefeitura a dito qui em troca das árvore qui eles vão passar a moto-serra serão plantada 1.283 muda. Bene, perche non me pega essa 1.283 muda e planta pela citá.
A gente anda pelas rua de São Bernardo com questo Sole queimando as testa da gente. Non tene uma sombra pra gente se esconder. Perche non tene sombra? Perche os prefeito qui viero antes non a plantado nensuna árvore. O qui as pessoa mais sabe fazer é matar a naturaleza. Preservarle qui é bonno, questo é multo dificile em Brasile.Agradeço multo a simpática lettera qui a sido escrita pela signora Raquel Garcia Medeiros da Silva. A signora non imagina como o mio vecchio coracione fica felice com essas manifestação de carinho. Já a amábile signora Silvia Carrasqueira me diz qui vai enviar uns livro de conto e poesia. Agradeço multo, caríssima Silvia. A signora pode despachar tutto para o giornale qui depois eles me manda em casa mia.

Os herói de oggi

Antigamente, os grand herói da humanidade atravessava os mar, conquistava outras terra e descobria novos mondo. Oggi, os herói son aqueles qui luta para salvar o qui sobrou da naturaleza. Eles son poco. Multa gente non gosta deles. Mesmo assim, apesar das dificuldade, eles prossegue. Vão em frente. Como naquela cancione famosa: “avanti popoli, avanti...facciamo pizza”.
A signora sabe qui os problema causado pelas pessoa son multo grave, como nunca havia sido na história dos homem sobre a Terra. Os passarinho do mar fica com as pena grudada por causa dos óleo derramado. Onde antes chovia e era tutto molhado; oggi os rio ficaro seco e as queimada destrói o mato e faz churrasquinho dos macaco, das paca e dos tatu.
Bene, em São Bernardo, a mia citá qui aprendi a amar ao longo dos anni, sobrou pouco da história das floresta e dos sítio qui tinha por aqui. O signore imagina qui cuando io era um bambino, desses qui corria descalço atrás das carroça do leiteiro, tutto na mia volta era verde e majestoso.
O pior é qui o qui restou, o pouco da verdura qui ainda sobrevive, corre o risco diário de desaparecer pra sempre.
Veja o caso da Chácara Silvestre. Na mia época de bambino, quem morava lá era o banqueiro Simonsen. Era um recanto multo bonito, belíssimo mesmo, qui fazia bem aos olho.
Passou o tempo. Os Simonsen se mudaro. A Chácara Silvestre ia ser derrubada, cuando um decreto do governo a preservado a área. Tutto resolvido? Nada disso. O futuro ia mostrar qui as coisa non era bem assim.
Este ano a Prefeitura a decidido qui ia fazer uma escola dos ecologista na Chácara Silvestre. Pra construir questa escola ia ser preciso passar a moto-serra em 341 árvore. O signore veja qui uma escola qui ia ensinar a amar a naturaleza começava com um erro gravíssimo: a destruicione das árvore. Imagina uma escola qui ensina a fazer bomba e a prima licione é destruir a própria institucione com um morteiro.
Multa gente non ligou. Mas alguns se levantaro e protestaro. Entre esses destaco o grandíssimo giornalista e memorialista Ademiro de Médicis. Como si fosse um Emile Zola renascido, ele procurou chamar a atencione das autoridade. Escreveu os artigo. Gritou e esperneou. Outras pessoa se juntaro a ele até qui na settimana passada a honorábile promotora Rosangela Staurenghi a conseguido paralisar a construcione.
Assim, mia giusta homenage a esses herói moderno: Ademiro de Médicis, a promotora Rosangela, o coordenadore do movimento de preservacione Paulismar Duarte e tutto aqueles qui ainda se importa com a beleza do mondo os mio sincero parabéns. Qui Dio abençoa e proteja tutta su família. Arrivederci.

Américo Brasiliense

. Io sempre qui passo ali em frente a questa belíssima escola Américo Brasiliense sinto um piu de inveja. Em São Bernardo, a mia citá, nós não temos uma construcione com tanta história e significado. Acredito qui os morador de Santo André são orgulhoso daquele prédio imponente, belíssimo, qui a sido reformado, pintado e iluminado na gestione do saudoso prefeito Celso Daniel.
O signore sabe qui Américo Brasiliense a sido um brasiliano famoso, um grand jurista, um uómini das lei. Cuando as pessoa nem pensava em fazer uma Constitucione, aparecia o Américo Brasiliense com a Constitucione já pronta, acabada, faltando só ser aprovada pelos governo daquela época, finale do século 19.
Devo dire o prédio em si não é nada. É um amontoado de cimento, pedra e areia. O qui faz o edifício ganhar importância perante as população são as pessoa qui fica lá dentro. O qui essas pessoa faz em benefício da cultura, da educacione e da felicitá da humanidade.
E o Américo Brasiliense, como institucione de ensino, a fato história em nostra regione. Os professor era valoroso e os aluno aprendia tanto qui entrava direto nas faculdade. Havia ali um pólo de producione culturale e multo dinamismo político. Mio filho mais novo a estudado lá e participava das disputa pelo Centro dos Acadêmico, dividido entre os Matraga (o símbolo era uma bota vecchia) e os Sigimund. Havia as ginkana qui ficaro famosa. A seriedade no ensino fazia as criança estudá até as cinco hora da tarde do sábado.
Oggi, io sinto uma tristeza imensa, uma dolore profunda em mio coraçon, cuando leio no Diário aquela notícia de um aluno espancado no Américo Brasiliense. Foram cinco covarde qui se juntaro pra bater nele. Deixaro a coluna cervicale do moço estorta, quebraro com a cravícula e machucaro a perna do rapaz de 17 anni.
Os moço covarde qui se junta pra espancar os outro non se pode evitar. Sempre vai existir questo tipo de gente maledeta. O qui io na mia simplicitá non consigo me compreender é a participacione de uma signora no espancamento.
Tutto a sido feito com o testemunho de uma mãe, uma signora qui a assistido tutto e non a fato nada. Ela non levantou um dedo em defesa da civilizacione humana. Ela até parece qui extraiu algum piacere naquele momento fatídico.
Uma desgracia para Santo André, uma disgracia para a história do Américo Brasiliense, uma disgracia para a nostra querida regione.O signore e a signora me perdoe, mais io tinha esta angústia no mio core e non podia deixar passar em brancas nuvem.

Os giornalista

Tutta a mia vita tive amizade com os giornalista. Conheci um milhar deles. Gente de vários tipo. O Luizinho Bona Veneta era repórter e casado com a filha de um tio-avô mio. O Luizinho andava sempre enfiado em um terno cinza claro, que ornava com a camisa branca e os sapato preto sociale. De tarde, naqueles dia de sol forte e temperatura sufocante, o Luizinho e os amigo dele da fotografia se escondia por trás de um biombo de madeira gasta e giocava o pôquer. As garrafa das cerveja gelata deixava marca em cima de marca no tampo escuro da mesa bamba. As nota amassada dos dinheiro passava de mão em mão dos giocatore.
O Luizinho gostava de beber, de giocar e de freqüentar os teatro de variedade. Ficava às vezes três giorno sem aparecer em casa. Como ele ganhava pouco, morava de favor com os sogro. De vez em quando, o mio tio-avô me chamava: “Beppo, o maledeto do Luizinho a desaparecido. Me vê se ele morreu pra gente pôr uma pá de cal em cima de questa história”. No canto, com cara de choro, a povera da filha do mio tio-avô, desolata, muda em sua infelicitá.
Io ia no giornale. Entrava ali no meio dos linotipo, umas machina gigantesca, que engolia chumbo derretido e vomitava letra de forma. Passava pelas guilhotina. Chegava nas prateleira onde os encalhe dos giornale ficava. E, ali no meio, entre a edição de segunda e de quarta-feira, jazia o Luizinho Bona Veneta dormindo o sono dos giusto.
Um giorno, o pappa do Luizinho tentava convencer o mio tio-avô a ter mais paciência com o rapaz. Tanto o mio tio-avô como a família do Luizinho eram da religião Espírita. O pappa do Luizinho falou qui o mio tio-avô precisava ser mais paciente, qui o Luizinho ia melhorar. “O problema é qui ele tem um Encosto. Esse Encosto é qui non deixa ele vencer na vita.”
O mio tio-avô pesou aquelas palavra. Bateu a cabeça em sinale de concordância e a dito: “O signore sabe qui io também tenho um Encosto”. “Mesmo?”, disse o pappa do Luizinho, com ar de surpresa. “Si”, disse mio tio-avô, “só qui o Encosto qui pesa nas minhas costa é o su filho”.O Montanha era um tipo fantástico. Fazia as reportagem da polícia. Usava sempre o mesmo paletó de uma colore indefinida, desbotada. O Montanha escrevia as reportage dele no bar. “É mais prático pra num ter que ficar descendo tutta hora”, ele explicava. Com 48 anni, o Montanha parecia um vecchio de 88. Bebia. O povero a morrido cedo, quando o fígado derreteu inteirinho. Uma notte io sonhei com o Montanha. Ele estava no bar e pediu uma pinga. Io disse pra ele no sonho: “Montanha, non bebe qui faz mal”. E ele respondeu: “Agora, qui io morri é qui vou beber à vontade”.

Questa gente distraída

A sido questa uma settimana de multa chuva. “Ciao, ciao, bambina; piove, piove, sul nostro amor”, como dicia o grand cantante Domenico Modugno.
Bene, nesses tempo de chuva, o qui as pessoa mais esquece são os guarda-chuva. Inclusive, os símbolo dos esquecimento em tutto o mondo são os guarda-chuva. No artículo da settimana passada, io contei aqui do mio barbeiro, o Barbosa, qui é multo distraído. Só de guarda-chuva, o Barbosa já me esqueceu uma quantidade que daria pra montar uma fábrica.
O Barbosa é um desses barbeiro antigo, qui já quasi não existe mais. Outro giorno desses, entrei na barbearia e tinha uma fila grand de gente esperando pra ser atendida. O Barbosa sentado junto com os freguês, com cara de esponja molhada, observava o freguês qui roncava, como um vecchio urso, na cadeira do barbeiro.
O cliente era um signore multo gordo e vermelho, de terno e gravata, qui dormiu enquanto o Barbosa fazia a barba e o cabelo dele. Nensuno tinha coragem de acordar o signore, qui dormia profundamente, enquanto a gente toda esperava pra ser atendida.
O Barbosa já me esqueceu o automóbile dele na porta da estação dos trem. Ele foi pra capitale, fez as coisa qui tinha qui fazer, voltou e esqueceu qui o carro estava parado perto da estação.
Chovia forte. Ele tomou uma chuva disgraciata na testa. Chegou em casa mais molhado qui pardale em cima de fio elétrico, em dia de tempestade. E só no giorno seguinte foi qui ele lembrou do automóbile abandonado na estação, depois de levar um baita dum susto, pensando qui os ladri tinha levado a Fiat dele da garage da casa.
O Gregório Doravanti manca de uma das perna, por causa de um tiro qui ele levou na Seconda Guerra Mondiale. A sido um desses tiro de fuzile qui abriu um buraco significativo nas proximidade do femure, durante a batalha de Sidi-Barrani. Bene, o Gregório usa uma bengala. É uma belíssima bengala, feita de madeira talhada, inglesa, com ponteira de aço e cabo de marfim dos dente dos elefante congolês.
Um dia, o Gregório Doravanti me esqueceu a bengala dele na igreja matriz. Ele a andado bene uns três dia até qui alguém, si encontrou com ele na pizzaria, e a lembrado da maledeta da bengala. “Qui cosa sucede, Gregório? E a bengala? Foi um milacro de San Gennaro qui te a curado?”Daqueles minuto em diante, o Gregório percebeu qui non ia mais consegui se mexer e precisamo buscar ele na pizzaria do Gino e levar pra casa, perche as perna dele non me mexia um centímetro mais. “Mia bengala”, ele gritava, “me ajuda, qui io a perduto a mia bengala querida”.

O barbeiro distraído

Devo dire qui nessas mudança dos tempo uma das cosa qui mais me deixa encabulado é ir nesses cabeleireiro moderno.
Sinceramente, cara mia, non me sinto a vontade nos salão com as dona fazendo os pés, as mão, puxando conversa com a gente, enquanto assa o cocoruto naqueles secador gigante.
Io sou do tempo dos barbeiro, daqueles estabelecimento qui cheirava a Glostora, qui tinha aquelas garrafa colorida, belíssima, de pós-barba. Tinha os engraxate, as fervura das toalha quente qui se punha na cara dos freguês, as revista Cruzeiro e Manchete gasta de tanto ser lida.
Io sou dum tempo, amice caro, em qui telefone era preto, automóbile tinha carburadore e a pasta de dente chamava Phillips.
Bene, na avenida Prestes Maia, em São Bernardo, perto da casa do presidente Lula, tem um barbeiro desses antigo, com aquelas cadeira majestosa, onde o barbeiro ainda afia a navalha lentamente, sem nenhuma pressa, naqueles couro pendurado.
O mio barbeiro, o Barbosa, se distrai multo enquanto rapa as careca dos freguês. Ele começa me contar as história dele e vai embora. Esquece do mondo. O Chiavenato é outro distraído. Imagine cuando junta o Barbosa e o Chiavenato?
Bene, o Barbosa contava aquela história dele, longa qui non me acabava mais. Tirava e punha os óculo. O Chiavenato, qui também usa óculo, tirou os dele pra fazer a barba.
Conversa vai, conversa vene, e o Chiavenato pagou a conta, pôs os óculo e foi embora pra casa.
O Barbosa continuou naquela lenga-lenga dele até qui me pôs as mãos na cabeça e gritou: “Managia mia, qui io estou ficando cego. Os meus olho non me funciona mais direito”. De uma hora pra outra, o Barbosa, qui enxergava como um gato no escuro, desde qui estivesse com os óculo na frente dos olho, tinha virado o mais míope dos míope.
O desespero dele durou um dia inteiro. Foi pra casa. Conversou com a mulher, com as filha. E chegou à conclusão terribile: “Meus olho chegaro ao fim da vida utile deles. É o fine”
No giorno seguinte, o Chiavenato passou pela barbearia e se queixou do mesmo problema: “Estou ficando cego, Barbosa. Meus olho estão vendo tutto estorto”.Nessa altura dos acontecimento, um olhou pro outro e descobriu qui o errado non era os olho, mais os óculo qui estava nas cara errada.

A mia vila

Acho que a sido o grand escritore russo Dostoievsky qui a dito: “Fale da sua vila e você estará falando da humanidade”. Probavelmente, ele devia conhecer onde io fui criado. Vou dizer uma cosa pra signora: lá, a gente encontrava tutto os tipo do mondo. Tinha de tutto um pouco. Era só escolher.
A nossa vila tinha dois bêbado, qui morava na rua. Eles enchia a cara e ficava com aquela cara de pastele de feira, com as garrafa de pinga na mano, aproveitando a sombra de uma árvore generosa. Os comerciante arrumava emprego pra eles. Eles trabalhava um mês ou dois e poco tempo despois lá vinha os dois com um pé no mato e otro na estrada.
Na mia vila, tinha um louco. De vez em cuando, ele saía gritando na rua. As visita estranhava. Ficava assustada: “Managia mia, qui sucede?”. Non era nada. “É o louco qui gosta de gritar”. “Va bene”.
Lembro de uma signora anãzinha, qui devia medir menos de 1 metro. Io era bambino e morria de medo dela. Cuando ela aparecia na rua, com as sacola das feira, io saía correndo, apavorato. Um giorno, ela me pegou desprevenido e me cumprimentou. Passou a mano na mia testa. E desse giorno em diante nunca mais tive paúra dela.
Tinha um moço qui gostava de otros moço; a dona casada qui tenia um romance com o estudante de medicina (tutto mondo sabia, menos o marido); um albino qui usava óculos escuro até de noite; o ladrone vizino da dona Olga; uma mãe solteira, qui trabalhava na Generale Motors pra sustentar o filho pequeno; um velhinho qui passeava com um galo durante as madrugada. Era algum dos personage da mia vila.
Io estava pensando nessas cosa em questa settimana cuando acordei multo cedo e saí caminhando pelas rua de São Bernardo, a mia citá. Vi um atleta de camiseta, calção e um desses tênis com amortecedore, qui praticamente corre sozinho. Um metalúrgico indo pra Volks de bicicleta; um mendigo revirando as lata de lixo, em busca de latinha de alumínio.
O sol ainda não tinha saído de tutto. A manhã era clara, transparente, suave. Non se ouvia um barulho de construção, uno estampido de escapamento, nenhuma voz. Longe, multo longe, um alarme tocava desafinado, cansado de gritar sem ser ouvido.
Na porta da padaria, os político conversava e trocava tapinha nas costa. “Tutti buona gente”, diria mio nono pra completar em seguida: “Tutti ladri também”. Cuando io ia atravessar a rua, foi qui vi ela vindo na mia direcione. Era morena, cabelo comprido até os ombro, um vestido multo colorido e amassado demais para aquela hora da matina. Deslumbrante, a maquiagem desfeita. Descalça, carregava a bolsa e os sapato de salto alto na mano. No canto da boca, um sorriso maroto. Non escondia de nensuno qui a noite devia ter sido generosa para com ela.

O Dia de Nossa Senhora

Questa settimana qui se inicia é a comemoracione do giorno de Nossa Senhora. É a padroeira do Brasile, uma santa qui a fato multos milacro e qui a ajudato milhares de persona nos últimos 2.000 anni.
Infelizmente, non vou poder ir lá na Basílica da citá de Aparecida, perche os inconveniente da idade me obriga a descansar. Io qui tutta a mia vita fui um uómini de multa ação e trabalho, agora me fico mais em casa mia do qui nas rua batendo perna, como se dice na gíria dos moço.
Io queria falar dos santo e da santa. Mesmo qui a persona non acredite em nada, qui seja um ateu, desses iguale a questo signore Richard Dawkins qui a escrito um livro contra Dio; mesmo sendo um ateu convicto non se pode negar as maravilha da cultura religiosa católica.
Num mondo de multa violência e ódio, onde a gente ouve falar de barbaridade increíbile, é sempre um momento de êxtase divino, cuando se lê questa passage do Novo Testamento, em qui Gesu oferece a outra face a su agressore. Nada de revidar. Nada de gerar mais violência. Non: ele dá a otra face. Encerra em si a agressione. Mais que isso: provoca no agressor um constrangimento, um sentimento de inteligência desperdiçada.
O Sermão de la Montanha é otro momento de dignidade da espécie humana. O signore qui non acredita em nada, qui acha qui foi a química que a criado os bicho, as árvore e a natura; a signora qui a esquecido de Dio; per favore, pára um momento e lê as página do Sermão de la Montanha.
Oggi, se fala multo em inclusione, em um mondo menos desiguale e giusto, devo lembrare qui, há 2 mille anni atrás, Gesu já escrevia um dos grand texto da inclusione de tutto os tempo. Ele chama os pobre de espírito, os qui tem fome e sede de giustiça, os qui sofre perseguição, aquele qui chora. Ele inclui tutta a gente. Non esquece nensuno.
Cuando Gesu fala qui son bem-aventurado os qui chora, perche serão consolado, io penso no sofrimento de Nossa Senhora qui a visto su filho ser crucificado e morto. Non perche tinha cometido um crime, uma atrocidade. Non, nada disso. Ele a sido morto, perche pregava a pace, a tolerância, a solidariedade. Isso os homem non podia perdoar. Imagina o sofrimento daquela mamma, diante da cruz. Impotente diante da força e da barbárie.Então, nesse giorno 12 de outubro, de Nossa Senhora, e dos bambini, io faço mia homenage àquelas mãe qui perdero seus filho, vítima da violência; àquelas mãe qui estão com seus filho doente; àquelas qui sente saudade; àquelas qui chora, sozinha, no escuro da notte.

Una perda terribile

Como io contei em questa coluna, a mia idea era fazer um bloguero na internética. Nesses bloguero as pessoa conta as coisa qui elas fizero e o qui elas pensa sobre o mondo e os sentimento. O mio figlio mais vecchio me a dado um computadore de mano, desses qui a gente carrega pra cima e pra baixo. Una beleza tecnológica. Potentíssimo. Tinha nome de automóbile: Noterobuick.
Bene, io comecei a aprender a mexer com ele. Tivemo nossas briga, é vero. Ele brigava multo mais comigo do qui io com ele. Às vezes, ele gritava. Mandava umas message brava. Mais no generale a gente se dava bene.
Cuando io finalemente terminei o mio bloguero e ia colocar nos ar, a signora non me imagina o qui aconteceu. Non lo sei se a sido no camino do escritório do memorialista Ademiro de Médicis, na saída da igreja, na volta do bar do Pinhata, no trólebusi, o fato, caríssimo, é qui cuando me precebi estava sem o mio belíssimo Noterobuick. Minhas mão vazia e onde tinha ido parar o computadore móbile? Non lo se. Fiquei sem ele. Io a esquecido em algum lugar desse mondo. Uma perda, amice cara, uma perda terribile.
Assi, aproveito questa formidábile pletora de lettore do grandíssimo Diário, para pedir a quem a achado o mio Noterobuick para devolvere na portaria do giornale. A pessoa terá direito a una generosa recompensa. O mio computadore é fácile de se reconhecer. Tem só uma cosa escrita dentro dele: é o Bloguero do Beppo.
Io a recebido una correspondência multo simpática da amábile lettora Rita Ângela Zincaglia. Ela menciona uma coluna mia qui fala dos nome das pessoa. A signora Rita lembra de um amice qui a prometido ao pappa dele, Alfredo, qui io homenagear, batizando o filho com su nome. O problema é qui a nascido uma bambina. Questo signore non teve dúvida. Batizou a figlia de Oderfla, qui é Alfredo ao contrário. Ela também me conta um outro caso parecido de uma menina batizada de Olegna (Ângelo ao contrário).
A caríssima signora Rita si recorda de um loteamento, qui teve tutta suas rua batizada com os nome dos familiar do loteadore. Como tinha acabado os nome e ainda faltava uma rua pra dar nome, o loteadore a escrito na placa Oragnof, qui é Fongaro ao inverso. O Antonio Sandreschi me pregunta como io a sabido a história do nome de sua nona Anidracir, qui a ganhado questo nome em homenage à mamma Ricardina, famosa pianista do cinema mudo. Em nostra regione, caríssimo Sandreschi, a gente sabe de tutto. No fundo, nóis somo parte de uma piccola citá, onde a maior parte das pessoa se conhece e se gosta. Non é vero, cara Silvia Grosso? Dio te abençoa e proteja tutta su famiglia.

Um livro contra Dio

Começo essa mia coluna com dolore no coraçon. É vero. Escrevo essas linha como se uma flecha tivesse me atravessado de um lado ao otro do corpo. É qui estou lendo questo livro Dio, um delírio, de um autore africano, chamado Richard Dawkins.
A signora non vai me acreditar mais ele me escreveu 520 página só pra falar mal de Dio. Tem as pessoa qui non gosta de brócolis. Tem aquelas qui non gosta de ficar preso no trânsito. Tem umas qui non gosta de tomar banho. Bene, questo autore non gosta de Dio. Ele critica tutta as religião, tutto os fiel e si pudesse cuspir na cara de cada pessoa qui entra numa igreja, acho qui ele cuspia, de tanto qui ele odeia Dio e as pessoa qui acredita em um Ser Superiore.
Em certa parte de su obra, ele lembra da tentativa de assassinato do Papa João Paulo II, em Roma, quando a bala qui ia parar no coraçon de sua Santidade foi desviada por Nossa Senhora de Fátima. O signore Dawkins escreve: “Perche Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Guadalupe, Nossa Senhora de Akita e outras Nossa Senhora non ajudaro o Papa. O qui elas estava fazendo qui non interceptaro a bala e deixaro tutto o esforço pra Nossa Senhora de Fátima?”
Elas non ajudaro o Papa, caríssimo autore, perche quem estava ajudando o Papa era Nossa Senhora de Fátima. As outra estava ocupada auxiliando outras pessoa a escapar das bala, das flecha, das trombada, de queda dos avião e sabe lá Dio o qui mais.
E ele pregunta mais: “Perche Nossa Senhora de Fátima non desviou a bala antes dela entrar no corpo do Papa?” Perche ela non teve tempo, é claro. O máximo qui ela conseguiu fazer foi desviar a bala no último secondo. Só isso foi um milacro increíbile.
Si o amado padre Giácomo Cacciola (qui non era parente de questo maladetto banqueiro, preso pelos gendarme monegasco) estivesse vivo, ia sofrer multo com o manifesto contra Dio. Isso perche o padre Cacciola falava com Dio. Às vezes, io entrava na igreja e o padre estava lá no altar, discutindo com Dio, em altos brado, a voz dele reverberando dentro da nave.
“Perche io tenho qui perdoar ela, si a disgraciata traiu o marido?”, o padre perguntava. Dio respondia, só pra ele. O padre dicia em seguida: “Si, é vero. Gesu a salvado a vida de Maria Madalena e quem sou io pra non querer perdoar uma signora qui confessou um pecado”. Ele baixava a cabeça, se ajoelhava, rezava um pouco e vinha me abraçar: “Beppo, qui alegria. Qui cosa fai?” O padre Cacciola também ia sofrer multo com a destruição das árvore e da natureza do Brasile. Imagine si ele ficasse sabendo qui na Escola de Ecologia qui eles vão abrir na Chácara Silvestre, a prima lição qui os aluno vão aprender será como destruire 78 árvore. Fica com Dio, qui Gesu, Nossa Senhora de Aparecida e Nossa Senhora de Fátima proteja tutta su família. Arrivederci.

Os nome das pessoa

O qui me chama a atenção oggi em dia são os nome das pessoa. Como esse nome mudaro. Por exemplo, io tenho um amice chamado Alcides. É um vecchio, comme io. Fora ele, non conheço nenhum bambino, nensuno bebezinho Alcides. Será qui cuando morrer os vecchio Alcides o nome vai desaparecer per sempre?
A mia noninha querida chavava Alvina. Nos último 20 anni, nome me lembro de ter conhecido otra Alvina. Io a chegado a conclusione qui Alvina a desaparecido das história dos nome. O mio zio Archesto era diferente, perche encontrei só ele qui era batizado de Archesto. Excepcione ao mio zio, nunca mais io a encontrado outro Archesto na face da Terra.
Tem aqueles nome qui parece qui sairo de moda como Ernestina, Quincas, Braz, Constanta, Efigênia, Quintino, Cristófalo, Juvenale, Basílio. Tirando os personage do grandíssimo Machado de Assis, uno dos maior escritore brasiliano de tutto os tempo, non me lembro de ter conhecido ou ficado amice de um Quincas. Non é triste a signora imaginar qui nunca encontrou um Quincas vivo? Só dentro das letra dos livro?
E aquela senhora qui se chamava Lisabre...Um giorno non me agüentei de curiosidade e perguntei pra ela de onde tenia vindo questo nome esquisito. Ela me olhou de cima embaixo, como se io fosse o uómini mais estúpido de todos os bípede e me a dito: “É Brasile ao contrário, ora”.
Io ao conhecido um Nário, qui todo mondo cuando ouvia a prima vez dicia: “Mário?”; “Non”, ele corrigia, cansando de corrigir tantas e tantas vez, “é Nário, com N de novidad”. Me recordo da famosa pianista Ricardina, qui tocava piano no cinema mudo. Naquela época, os filme non tenia sonido. Era a pianista qui passava as emoção do filme para a platéia. Bene, cuando a nascido a filha da signora Ricardina, ela a sido batizada de Anidracir, qui é Ricardina aos inverso, uma homenage sincera à famosa pianista.
Por falar nos filme, uma signora, vizinha da mia filha, gostava multo de ir no cinema. Nas cena de amor, os mocinho falava sempre “my dear”, qui em inglês se pronuncia “mai diar” e em português quer dizer “mia querida”, segundo me garantiu o Pinhata, do bar do Pinhata. Bene, cuando a nascido a filha de questa signora, ela colocou o nome da filha de “Maidir”.
E os apelido de antigamente, então. Tinha aqueles qui se explicava por si mesmo, como Magrelo, Pança, Meio Quilo, Feiúra, Orelha. Outros fazia trabalhar a imaginacione: Zé das Teta, Jumentinho, João Galinha, Tião Piranha, Zé Pica, Chimbica. Uma excelente domenica a signora, ao signore e a tutta su família. Um carino speciale às lettora Silvia Grosso, Silvia Carrasqueira, Amanda Ansaldo, Helle Nice, Sandra, Luciana e a mia amice do coraçon Badiha Jarouche, tutti elas qui me escrevo e alegraro o mio vecchio coraçon.

Piange música, morre Pavarotti

Mio coraçon virou uma chaga de dor e sofrimento. O mondo a perduto seu maior cantor: o grand tenor Luciano Pavarotti. Poucos homem em mia vita me fizero chorar. O grand Pavarotti foi um deles. Cuando ele cantava Nessun Dorma, era como si alguém abrisse o mio corpo e deixasse mia alma aberta, exposta as intermitência do tempo. A interpretacione dele de Non ti scordar di me me transportava para uma espécie de um trem fantasma, com a mia noninha cantando, enquanto preparava o almoço da domenica. Um momento mágico de dor e saudade, tutto junto. Non é só um homem que morreu. É um vulcão qui se calou para sempre.
Enquanto seco as mia lacrima, devo dire qui o mio amice Ademiro de Medicis, notábile memorialista de nostra regione, me entregou um broche e um passaporto, qui me foram dados pelos caros confrades da Ordene de San Bartolomeu. No distintivo, se vê metade da bandeira do Brasile e metade da bandeira italiana. É um retrato da mia alma. O passaporto fala das família italiana qui chegaro ao Brasile entre 1877 e 1932. Uma belíssima homenage. Estão de parabéns tutto os organizadore dessa comemoracione notábile.
Por falar no Ademiro, ele participa de um programa qui passa tutto domingo às 10h na RedeTV! Ele a descoberto um filme raríssimo qui mostra a prima implosione qui a sido feita no Brasile. É vero! E a sido aqui no Grandíssimo ABC, em 1956. O grand fogueteiro Albanese, qui morava no São João dos Clímaco, foi chamado pra explodir a chaminé da Cerâmica Tupã, qui ficava em San Caetano. Pro Albanese era só atravessar o rio, perche ficava perto da casa dele.
O Albanese era famoso por su participacione memorábile nas explosão dos fogo de artifício do IV Centenário de Sao Paulo. Por isso chamaro o Albanese. Ele pôs umas dinamite na chaminé e explodiu. Só qui non a acontecido niente. A chaminé ficou lá inteirinha. Era uma bruta de uma chaminé, maledetta de forte. Então, o Albanese botou mais umas mil banana de dinamite na chaminé e explodiu de novo. O signore sabe qui a construcione non a caído nem pra direita e nem pra esquerda. Nem pra frente e nem pra trás. Ela a afundado no chão, na prima implosione registrada em solo brasiliano. A molecada dava umas cambalhota, enquanto a poeira baixava no horizonte.
Non é bujardia mia, non signora. Tutto foi registrado em filme pelo padre Carlo Fabrini. Questo filme, descoberto mais tarde pelo Ademiro de Medicis, a sido revelado e trabalhado cinematograficamentica pelo Sandro Pelini, qui si aposentou na Pirelli e foi trabalhar nos estúdio da Vera Cruz. Questo Sandro era um uómini belíssimo, qui matava as moça de paixone. Bene, io fico por aqui, em luto pela morte do maior de tutto os tenore.

Os bicho do Orivaldo

Oggi, due de setembro questa coluna comemora três anni de publicacione em questo digníssimo giornale.
“É um milacro”, me disse a mia signora, “é um milacro qui os lettore ainda non te apedrejaro nas rua”. Ela non se conforma. Diz qui io escrevo tutto errado e qui os lettore ia perder as paciência. “Um giorno desses eles cansa das bobage qui você escreve e vão empastelar o prédio do Diário, por tua causa, maledetto.”
Bene, terminado o registro, devo dire qui questa settimana aconteceu uma disgracia na casa do Orivaldo Brancaleone. Já falei desse mio grand amice neste espaço. O Orivaldo é freqüentadore do bar do Pinhata e laçadore de cachorro da carrocinha.
Mais é um laçadore especiale, perche ele sente pena dos cachorrinho qui é obrigado a laçar. Pra cada canheto qui ele leva na carrocinha, o povero derrama uma lácrima sentida, dessas qui vem mesmo do fundo do coraçon.
O Orivaldo estava lá no bar com tutto nóis e reclamou dos rato qui andava no forro da casa dele. “Parece qui os disgraciato estão pisando na minha careca”, ele a dito. Os rato, ele falou, fazia uma festa em cima do forro. Era uns rato pesado, gordão. “Eles rola lá em cima, como se a casa mia fosse uma boate”, a comentado.
Assim nós aconselhamo ele a comprar estricnina e espalhá em cima do forro. “Manhana, os seus visitante noturno vão estar mais esticado qui spaghetti dentro dos pacote da Barilla.”
Ela a fato o qui nós mandamo e no giorno seguinte, ligou chorando pra mim. “Beppo”, ele dicia, “Beppo do céu, a estricnina a matado uma família de saruê. Non era rato, Beppo. Era saruê”, ele chorava e dicia qui tinha retirado os corpo do pappa saruê, da mamma saruê e dos filhotinho. Uma matança, caríssimo. Um desastre ecológico. Uma hecatombe.
O Orivaldo mora ali perto da Serra. É comum a casa dele ser visitada pelos bicho. Um dia ele estava limpando o carro, cuando se sentiu observado. Olhou nas árvore e viu uma macaca e o filhotinho nas costa dela. Os dois olhava o Orivaldo, pra conferir se ele limpava o carro direitinho.
O visitante mais freqüente, no entanto, é o pica-pau de testa rossa. O passarino pica o carro do Orivaldo e se olha nos vidro. Ele pica. Dá uma parada e mira o reflexo dele nas vidraça. Acho que ele imagina qui tem otro pica-pau escondido dentro do carro. O problema é qui o pica-pau, além de bicar os vidro, faz sputzza no carro do Orivaldo. Por isso, io penso, os macaco deve achar qui o Orivaldo non lava o carro direito. Uma ótima settimana a tutta su famiglia. Fica com Dio e com a benção de Gesu. Na próxima settimana, io anuncio o endereço do mio bloguero na internética. Me aguarda.

Os Menino de 72 anni

Nesta sexta-feira qui passou, os Menino fizero 72 anni. É vero. A 72 anni atrás, nascia o Clube dos Menino, lá no número 18 da Estrada do Vergueiro (oggi si chama avenida Doutore Rudge Ramos). Naquela época, non tinha a luz elétrica, por isso a prima reunion a acontecido sob as luz dos lampião. Era um momento histórico aquele. Nensuno podia imaginar as glória qui estava destinada para aquele clube qui, em 1959, si non me falha a cabeça, foi escolhido “o mais querido do Grande ABC”.
O mio amice de longa data, o grandíssimo Norberto Nicoletti, ex-presidente dos Menino, lembra qui nos anos 50 nensuno batia eles no futebole. Em 1957, os Menino foram campeão, sem perder um único jogo. “Campeão invicto”, gritava as manchete dos giornale na época.
Em su estádio moderno, belíssimo, com as arquibancada recém-pintada, e os vestiário qui dava acesso ao gramado, os Menino recebero os grande do Brasile. Desfilaro por ali o Palestra, o Sao Paulo, o Corinthia, o Juventus, e tantos outros clube qui fizero a história do calcio paulista.
Em sua belíssima sede, no 383 da avenida Doutore Rudge Ramos, os melhor cantor do Brasile se apresentava, para as família da regione. Era a Ângela Maria, a Celi Campello, o irmão dela, o Tony, até o campeão do boxe Eder Jofre aparecia por ali. Lembro de uma noite em qui montaro um ringue gigante e o Eder Jofre fez uma luta de exibição, massacrando o adversário dele. O público gritava: “Soca ele, Eder, soca”. E o nosso grand campeão non se fazia de rogado e descia o braço.
As festa embalava os sogno da mocidade. Era o Baile Havaiano, a Festa do Chope, do Sorvete, da Sardinha, sem falar dos Carnevale, qui fez multo giovanni encontrar namorada e até a mulher de su vita.
É certo qui o signore já ouviu falar da Volta da Françia de bicicleta. Bene, non se comparava com a Volta Cicrística de Rudge Ramos, promovida pelos Menino.
Infelizmente, nos anni 70, os Menino tivero qui encerrar as atividade futebolística. Aquilo foi como uma flecha qui tivesse me atravessado o coraçon. Eram muitas conquista, medalha e taça; um passado de brilho e glória qui ficava pra trás.
Gracia a Dio, os Menino resistiro, superaro as adversidade e continua oggi a existir. Devo dire qui os Menino tem uma das melhor cancha de bocha da regione. Como me a dito o Nicoletti, a trajetória dos Menino a sido “uma história de luta e tenacidade de um valoroso grupo de fundadore”. Na próxima settimana, io comemoro três anni de coluna neste grandíssimo Diário e inicio o mio bloguero na internética, si Dio me permitir e si aquele, qui non se diz o nome, non me impedir.

La mala preta

. Non se engana com o título do mio articulo. Cuando io escrevo mala preta, non se trata dessas coisa de político. A mia mala é um presente qui io ganhei no Dia dos Pai. Dentro dela, veio um computadore, desses que a gente pode botar debaixo dos braço. É uma maravilha das tecnologia. Mio filho, mais vecchio, me a dado.
Com questo computadore io vou fazer o mio bloguero na internética. A signora sabe qui em setembro faz três anni, qui tenho esta coluna nesse grandíssimo Diário. No dia 1º de setembro, um sábado, vou estrear mio bloguero.
Questo regalo qui mio filho me a dado tem um nome parecido com um automóbile, qui rodava nos anos 50. Ele si chama noterobuick. Acho qui é assim qui se escreve. Devo dire qui já aprendi a ligar e a desligar ele. Os mio neto me ensinaro a ver as página do Brasile e dos outro lugar do mondo. Eles chama isso de “navegare”. É como si a gente estivesse num barco, qui nunca sai do lugar.
Questa settimana levei o mio computadore no bar do Pinhata. O Chiquinho Boca Aberta, um dos maior giocatore de bocha de tutto os tempo, ficou entusiasmado. Ele queria ver as mulher pelada lá dentro do mio noterobuick
Io dice: “Non signore. No mio computadore, non entra dona pelada. Só vestida, perche é uma máquina de respeito.”
O Malatesta arregalou os olho, com as possibilidade do aparelho. Ele é pescadore e queria fazer uma pesquisa sobre melhor tipo de capim pra usar como isca de tilápia. O Orivaldo Brancaleone, laçador de cachorro da carrocinha, é careca como uma bola de boliche e pediu pra ver o preço dos implante de cabelo.
Nessas operacione, o computadore soltava uns aviso. Gritava com a gente. Assustava mesmo nóis.
O Meneghetti olhou, olhou mais um pouco e dice uma cosa qui deixou tutto nóis espantado. Ele a dito: “Questo computadore é uma signora. Non é um cavalieri”. E explicou: “Questa machina é como as mulher. Só Dio é capaz de entender elas. A língua qui ela fala só outras, como ela, seria capaz de entender”.
O Meneghetti tinha mais argumento ainda pra provar qui o mio computadore era uma dona e non um ragazzo: “Ela fica brava com a gente, sem nóis ter a menor idéia da razão da bravura dela”.
E um argumento mais do que definitivo, qui provou a feminilidade do mio noterobuick: “Ela guarda tutto na memória. Non esquece nada. Até os nosso menor erro, ela vai sempre se lembrar deles”. Mamma mia, e non é qui o Meneghetti está com a razão.

Maledetto futebole

Uma das coisa qui mais me apaixonava na vita era o futebole. Devo dire qui per me os giocatore, os malabarismo qui eles fazia com a bola, as disputa, os gole conquistado era tão importante para os meus olho como a ópera ainda é pros mios ouvido.
Estou falando no passado do futebole, perche esse tempo a acabado. Sinceramente, caro amice, nunca me lembro de ter assistido tantas partida ruim. Os jogo dão sono. A gente começa a ver pela televisione e cuando percebe está com os olho fechando.
Na quarta-feira da settimana passada, questo fratello e grand colunista da memória brasiliana, Ademiro de Medicis, esteve em casa mia. Nós jantamo, tomamo uns vino e dopo fomos assistir a uma partida de futebole qui passava pela TV. Era São Paulo e Botafogo. O narradore dicia qui era “quasi uma finale de campeonato”. “Os dois melhor time do campeonato”, ele falava emocionado.
Mais cuando o gioco começou qui bela roba, qui porcaria. Meus olhos foram apagando, apagando, até qui acordei com o Ademiro me balançando, dizendo qui ia embora, antes qui ele também dormia no sofá.
Os jogo de oggi fica tutto amarrado no mezzo campo. Os time têm paúra de perder. O nivele dos giocatore qui sobraro no Brasile é abaixo das crítica. Os nosso melhor craque foram tutto embora pro estrangeiro. E nensuno se arrepende. Eles dão graça a Dio de fugir do país.
Antigamente, o giocatore qui ia embora do Brasile ficava envergonhado, non queria nem participar da Seleção. Lembro do Julinho, um dos maior ponta direita da história, qui dice qui non participava do Selecionado, perche giocava na Itália e non era certo tirar a chance dos atleta daqui.
Alguém, alguma persona ou entidade, qualquer um qui manda nesse país precisa fazer algo pra salvar o nostro futebole. Não dá pra agüentar tanta mediocridade, tantti jogo feio, qui faz sputzza. O futebole é uma riqueza do Brasile, como as árvore, e estão arrancando tutto, pra levar embora, como fizero com os ouro e os pau brasile. Por falar no Ademiro de Medicis, nesta domenica, às 10 hora da matina, ele vai na televisione, no canal 9, antiga Excelsior, qui oggi si chama RedeTV, contar a história dos movimento metalúrgico do ABC. Participa a famosa poetisa Dalila Teles Vera, qui vai entrevistar o grand repentista Moreira de Acopiara, de Diadema. O engenhoso Fidia Zamboni, qui a construído a Citá das Criança, em São Bernardo, e qui oggi faz relógio pra dar de presente pros amici, vai também participar. São os mios amici. Tutto eles famoso e astro da televisione.

A internética e a Tognato

O próximo mês, em setembro, faz três anni qui io escrevo neste grandíssimo giornale. É increíbile. Minha esposa me dice, na época, qui io ia ficar famoso. Ela me falou assim: “Cuando você sair nas rua, as pessoa vão te reconhecer e jogar umas boa de umas pedra na sua cabeça”. Bene, devo dire qui ainda não me jogaro pedra em mim. Pelo menos até oggi. Domani nunca se sabe.
Pra comemorar esses quase três anni de colunismo sociale-político-literário, meus netinho sugeriro qui io fizesse um bloguero, essas coisa nova da internética. Nesses bloguero, o signore e a signora escreve os pensamento, as idéia e publica pro mondo inteiro ver pela internética.
Io contei essas minhas idéia lá pros meus amici do Bar do Pinhata. E o disgraciato do Malatesta quase morreu engasgado. O próprio Pinhata, sempre tão comedido nas suas opinião, balançou a cabeça, como se io dissesse qui tinha descoberto pelo mio telescópio gente passeando na Lua.
O Chiquinho Boca Aberta, um dos maior giocatore de bocha de tutto os tempo, me dice assim: “Beppo, como é qui você vai me escrever um bloguero na internética, se nem ligar os computadore você me sabe fazer?”
O Malatesta non dizia nada. Só ria. Se esgoelava de dar risada. Riu tanto de mim qui Gesu castigou ele e quase qui o infelice me morre engasgado com os torresmo e o vino. Começou a ficar roxo, a perder as cor do rosto, até qui o Pinhata deu uns soco nas costa dele e o torresmo saiu voando pela boca como se fosse um missile dos americano.
Assim, como tutto os mios amice riro de mim, acharo qui io nunca ia conseguir fazer, decidi de uma vez por todas, só pra fazer raiva pra eles, qui vou escrever o mio bloguero na internética. Vai começar no mês qui vem, cuando io completar três anni de intenso ativismo colunístico.
Isto é, se Dio me manter em cima dos pé até lá.
Devo dire qui questa settimana fiquei multo triste e pesaroso pelo desaparecimento da fábrica da Fiação e Tecelagem Tognato. Em 2008, ia fazer 100 anni que questo prédio estava lá naquele mesmo lugar, nas proximitá do Paço Municipale e nas vizinhança do moderníssimo shopping Metrópole.
O problema é qui a Giustiça arrastou os prédio, por causa de umas dívida. Cuando foi na quarta-feira, io passei por lá e non vi mais a edificacione. A Tognato, qui fabricava cobertor, havia desaparecido para sempre. No lugar dela, se via os trator demolindo os bloco de cimento, apagando a história pra escrever outra no lugar.Fica com Dio, qui Gesu e Nossa Senhora da Aparecida proteja sua família e as pessoa qui o signore e a signora ama. Arrivederci.

Os Mapinguari

As aventura qui io, Malatesta, Cabrera e Cosmo, mios amice pescadore e caçadore, passamo junto daria pra escrever uma novela. A gente se perdeu nas mata perto de Paranapiacaba e encontramo um aeroplano inteirinho, pendurado nas árvore.
Nessa ida e vinda, fugimo das onça. Caçamo as paca, os tatu, as capivara e as cotia. Fomo perseguido pelos gavião e comido pelas formiga vermelha. Dormimo na serra, em chão forrado de aranha caranguejeira.
Bene, nada disso se compara com o qui o Cabrera e o Cosmo viram lá pros lado de Rio Branco, nas Amazônia. Eles bem qui foram avisado pelos índio. Era pra tomar cuidado. Eles não conhecia a regione. O lugar tinha os aviso de perigo. Mesmo assim, os dois teimoso foram se meter a besta lá dentro da selva da amazônia.
Devo dire qui io já tinha ouvido as história. São muitos os relato. Os índio sabe bene o qui se esconde dentro das mata. Mesmo o Cabrera e o Cosmo havia sido informado, perche são muitos aqueles qui viram.
Si o signore for oggi pra Rio Branco, nos Acre Amazônico, tem lá uma estátua em tamanho naturale dele. Mostra um gigante de uns dois metro e meio de altura. Tutto peludo. Os índio qui chegaro perto dizem que é mais fedido qui um gambá vecchio. Os índio tem multo medo dele.
Assim, o Cabrera e o Cosmo estava pescando, sem ligar pros aviso dos índio, cuando apareceu aquela figura gigantesca e peluda. Eles abriro a boca e não tivero força de pegar as espingarda, por causa da surpresa.
O pé era enorme. O cheiro insuportábile. O odore qui saía do bicho era tão forte, mais tão forte, qui os povero dos mios amice ficaro tonto, cansado, começaro a ver o mondo dar volta e cairo desmaiado nas bancada de areia do rio.
Cuando eles acordaro, o bicho tenia desaparecido. Tutto os peixe qui eles pescaro havia sumido.
Na volta a Rio Branco, o Cabrera e o Cosmo entraro em uma venda e contaro o qui tinha acontecido com eles. Um índio perto deles a dito só uma palavra: “Mapinguari”. É esse o nome qui eles dão pro gigante. Os estudioso dizem qui se trata de uma espécie perdida, uma mistura de homem com gorila. Eles são assustadore. Em alguns caso, os Mapinguari tem só um olho. No corpo, a sujeira e os pêlo se juntaro e formaro uma carapaça protetora. Não adianta dar tiro neles, perche as bala não penetra. É um grand mistério, talvez o último, qui ainda se esconde nas profundeza da Floresta Amazônica.

Esses alemão...

Nessas féria de julho, o mio filho me levou passar uns dia nos interior de Minas Gerais, em uma dessas citá pequena, agradábile, onde só se escuta o barulho das folha caindo. Bene, é vero também qui tem poucas coisa pra se fazer naqueles lado. Como io non ando de cavalo, nem pulo do alto das montanha com essas asa de plástico nas costa, fiquei que nem uma barata tonta até que me dissero qui um pianista finlandês famoso iria se apresentar em um teatro ali perto.
Cuando io cheguei no teatro, tinha umas 300 pessoa já sentada. Foi uma surpresa. Nunca imaginei qui os mineiro gostasse tanto de pianista finlandês. Mais no lugar do pianista, acontecia o qui parecia ser uma palestra.
Em cima das cabeça do público, havia umas bandeira enorme da Alemanha.Uma senhora distinta projetava numa tela gigante umas foto de uns signore barbudo. Entendi qui eles eram tutto médico do século XIX e tinha ajudado a entender as doença da mente. Junto da signora qui apresentava os médico barbudo, havia um professore chamado Norberto Keppe.
Esse professore fazia uma intervencione e dizia qui “a verdadeira cultura era a alemã”, qui os inglês e os americano non eram culto, mais umas pessoa tutto violenta e destruidora. Ele disse qui tinha sido perseguido pelos americano, qui mandaram uma tal de Cia acabar com a vida dele. “Tem alguém da Cia?”, ele a perguntado.
Em São Bernardo, io tive um vizinho chamado Juvenale Cia, mas acho qui non esse Juvenale qui o professore se referia.
Despois, o signore Norbeto Keppe falou qui quem quisesse ficar doente era só procurar os médico. Recomendou não se tomar nensuno remédio. “Nem aspirina presta”, ele a dito. Numa penada, o professore a jogado no lixo milhar de ano de pesquisa científica. Falou qui se alguém pretendia ficar banguela, sem os dentes da boca, era só ir nos dentista. Chamou os advogado de “ave de rapina” e “membros da maçonaria”.
Avisou qui quem mandava no mondo eram três societá secreta e a principale delas ficava na França e si chamava “Maçonaria Orientale”. E disse finalmente qui questo cientista Darwin estava errado, qui os homem non viero dos macaco, non signora. Os homem, ele a dito, nem animale era, mais “criação dos anjo”.
O público em volta de mia pessoa se levantou e a aplaudido de forma entusiástica. Uma loucura de satisfacione e piacere. As pessoas saíro sorridente da sala, umas abraçando as outra e io fiquei sentado, esperando o pianista finlandês qui nunca a aparecido.

Um vecchio caçadore

A settimana passada a Scania-Vabis a comemorato 50 anni de Brasile. Parabéns a questa grand montadora e seus funcionário que ajuda a fazer a riqueza do Grande ABC.
A signora non vai me acreditá, mais, em 1957, cuando a Scania começou a fabricar seus caminhão, io era um caçadore. Isso mesmo, caríssima, me perdoa, mais io entrava na floresta pra matar os bicho. A gente formava um grupo grand. Era io, o Benedetto, qui usava colete, paletó e gravata, mesmo no mato; o Cabrini; o Approbatto; o Baldochi, qui tinha jogado no Corintinha de Santo André; e multos otros amici.
Nossa especialidade era caçar os veado. O caríssimo deve estar rindo a essa altura, perche parece inacreditábile qui existia veado no Grande ABC, mais havia. Em 1957, devia ter até mais veado do qui gente. E tinha também onça, capivara, cotia e até o tangará azul, passarinho símbolo de Santo André. Era uma bicharada.
Na volta da caçada, a gente sempre se reunia na casa da signora Maria Servidei, qui servia um fantástico frango aos pedaço com polenta frita. Depois de três giorno, sendo comigo pelos mosquito, fugindo das onça, comer aquele frango crocante, com polenta qui se desmanchava na boca, era encontrar um pedaço do paraíso na terra.
Naquela época, São Bernardo tinha no máximo 50 mil moradore. Além da Scania, a Volks, a Mercedes, a Willys também começava a fabricar seus veículo com força totale. Isso trazia multos trabalhador de outros estado. Do Nordeste, eles vinha nuns caminhão aberto, os pau-de-arara. Foi num pau-de-arara desses qui desembarcou em São Bernardo, em 1957, o então bambino Lula e sua genitora, signora Lindu.
Bene, ainda em 1957, io a conhecido um mascate, o Samuel Klein, qui me vendeu umas peça de roupa e me disse que su sonho era abrir uma loja em SanCaetano. A loja, ele me contou, ia se chamar Casa Bahia.
Nosso governadore era um signore esquisito, chamado Jânio Quadros, qui usava uns capotão preto e comia sanduíche de mortadela nos comício. Foi em 1957 qui o Jânio a proibido o rock nos baile, deixando os moço com multa raiva dele.
A decisão mais comentada pelos caçadore do Grande ABC, no entanto, foi cuando o Jânio mandou soltar um vendedor de limão qui tinha matado um signore. O morto era, ninguém mais, ninguém menos qui o próprio pai do governadore. O Jânio descobriu qui o pai dele tinha sido assassinado, perche era apaixonado pela mulher do vendedor de limão. O Jânio soltou o maledeto do assassino, dizendo qui ele tinha agido “em legítima defesa de su lar e sua honra”. Tempos estranho aqueles, caríssima.

Os mistério e os pato amarelo

A vita está se tornando cada vez mais transparente, mais visibile. Parece qui os mistério qui existia no passado desaparecero de vez. Vivemo num mondo onde tutto se sabe e tutto se explica.
Um exemplo é questo amice mio, signore Villa Rosa, qui a retornato da Europa. O Villa, como nóis chamamo ele, é um inginieri qui trabalha em uma grand empresa de nostra regioni. Ele passeava por uma praia da Inglaterra, cuando a visto umas centena de patinho amarelo, esses pato qui as criança pequena brinca nas banheira.
Parecia um sonho ou um pesadelo: na praia se via uns milhar desses pato amarelinho. Tutto boiando. Era como uma invasione de alienigena, um Dia D da Seconda Guerra Mondiale, só qui em vez dos soldado era aqueles bichinho de borracha de banheira.
O Villa ficou imaginando o qui era aquilo, qual era a explicacione pra questa inusitada invasione. Um mistério.
Bene, mistério cosa nenhuma. No giorno seguinte, ele me lê no giornale inglês qui a invasão dos pato amarelo non só era esperada, como tinha um cientista estudando eles, desde janeiro de 1992. Naquele mês, uma embarcacione a saído de Hong Kong com destino à capitale dos Estados Unido, levando na carga um milhão de patinho amarelo.
Uma bruta de uma tempestade a afundado o cargueiro. Os patinho amarelo fugiro das entranha do navio e escaparo pelo mare tempestuoso.
Desde aquela época, um estudioso do mar, como se fosse um detetive, vinha seguindo os bicho até qui eles chegaro na settimana passada na Inglaterra.
Non digo pra signora qui non tene mais mistério no mondo?
Minto. Io sou mesmo um bujardo. Me esqueci de um dos grand mistério da mia vita. Uma vez, em Milano, na Itália, io estava no Metrô da Línea Verde, com aquela sensacione estranha qui acompanha qualquer passagero de metrô do mondo. Non é facile ficar ali embaixo das terra, com aquele cheiro de rato qui entra pelas janela.
Devo dire qui foi como uma aparicione. Io estava ali no meu banco, infelice, soturno, olhando pela janela embaçada de sujeira, cuando vejo no meio do nada, no escuro, entre as estacione, uma luz qui se acende e aparece o vulto daquela bailarina, dançando uns passo de balé. Uma visione fantástica dentro de um túnel sensa esperança.
As expressão dos passagero mudaro na hora. Eles riro, olharo uns pros otro. Era como se tivesse recuperado su humanidad.
Quem era questa signorina? Perche ela dançava? De onde ela tinha vindo? Ela existia de verdade ou era um fantasma, fruto da imaginacione dos passagero? Nunca se descobriu as resposta. Os giornale milanês a investigado e non a descoberto niente. Desde então, aquela imágine, aquela visione fantástica tem me acompanhado. Sempre qui io entro num trem do metrô procuro pela bailarina, qui nunca mais me apareceu.

Uno esempio de solidariedade

Multo dos mios amici qui freqüenta o bar do Pinhata son uns desacorçoado da vita. Eles fica bravo com os político, com os time de futebol, com os bandido. Eles reclama das fila dos posto de aposentadoria, das fila nos aeroporto e nos posto da saúde. Devo dire qui eles tiene razão. Si as cosa funcionasse direito, nensuno ia reclamar.
De mia parte, sou um otimista. Viajei multo. Vi qui os outros país resolvero os problema deles e o Brasile vai fazer iguale. No futuro, nossos neto vão viver melhor qui a gente. Será uma sociedade mais honesta, menos corrupta e com menos ladrone.
Bene, o qui me deixa com esperança no futuro son os pequeno grand gesto de algumas pessoa, qui fazem o bene. Elas age de forma escondida, sem fazer multo alarde, em segredo.
Io conosco uma freira, uma signora de uma dedicação extrema às criança favelada. Ela criou uma escola qui abriga os estudante fora do horário dos estudo. “Em vez dos menino ficá na rua, vem pra cá, aprende a mexer nos computadore e come umas refeição saborosa”, a freira me a dito.
O problema, caríssima, é qui a casa, qui abrigava as criança, estava caindo aos pedaço. Tinha furo nos teto. As parede estava rachada. As privada non funcionava direito. Saía mais água pelos vazamento do qui pelas torneira. Sem falar da pintura, qui estava tão descascada qui parecia um monumento daqueles antigo.
Um giorno questa freira foi atender a porta e recebeu um signore. Era uma uómini distinto. Usava terno, óculos, bigode e cavanhaque. Perguntou como é qui ia as cosa. A freira ficou desconfiada, mas acabou mostrando a casa pra ele. O cavalieri a visto as rachadura. Passou a mão nos reboco caindo, nas torneira, enquanto a freirinha ia falando do trabalho qui ela fazia pras criança non se perder nos maus caminho das rua.
Questo signore a dito duas ou três palavra. A cada disgrazia qui a freira contava sobre a construcione, ele só fazia assim com a boca: “Hum-hum”, “hum-hum”.
Minutos depois, como ele tinha entrado, saiu misteriosamente. A freira achou qui era um esquisitão, desses qui não tem o qui fazer na vita, senão fazer os outro perder tempo. Mais no giorno seguinte, o signore non me imagina o qui aconteceu. Bem cedo, lá pelas sete da matina, a casa da freira foi invadida pelos pedreiro, pelos pintor, pelos mestre-de-obra. Em uma settimana, umas 20 pessoa trabalhou como se tivesse construindo a Arca do Noé, correndo contra o Dilúvio. A casa foi inteirinha reformada e ficou um brinco, uma maravilha. Questo signore misterioso era o presidente da Coop, Antonio José Monte. Só me faz um favor. Non fala pra ele qui io contei essa história, senão ele vai ficar multo bravo comigo.

A carta do zio Archesto

Questa settimana passata tive uma grande surpresa. Recebi uma carta do zio Archesto. Ele morava in Bolzano Vicentino, perto de Vicenza. Foi de lá qui a mia famiglia veio para se radicare no Brasile. Os bambino non imagina, mas na Itália do século XIX os italiano pobre passava uma fome disgraciata. Por isso, eles largaro tutto e viero pro Novo Mondo em busca de fama, fortuna e principalmente di ter o qui mangiare.
Bene, o zio Archesto me conta uma série de novitá. A zia Italina, qui estava com 102 anni, a morrido de morte naturale. A Giuliana, filha do zio Ricardo, conseguiu finalmente casar, depois de esperar 35 anni até arrumar um marido. A prefeitura locale estudava um projeto para construção de uma auto-estrada ali perto do município. As festas de Natale tinha corrido tutto bene, exceto pela nona Ernestina qui tinha virado um litro de vino e quase morrido de coma alcoólatra.
Essas curiositá normale na vita de qualquer família me deixaro assombrado, perche a carta do zio Ernesto a sido escrita em 28 de decembro de 1984. Vinte e três anni atrás! Numa época, qui non tinha telefone celulare, TV di plasma e os computadore pessoale non se via nem nos filme de ficção científica.
O envelope qui me chegou estava tutto amassado, amarelado, estropiado pelos anni, mas acabou chegando, por um milacro qui só os Correio são capaz de inventar.
Fiquei com a carta na mão e me senti como o surpreso engenheiro construtor do Coliseu, qui tivesse viajado no tempo e chegado a Roma nesta nossa época e visto as ruína daquele que era a maior obra arquitetônica do passado. A povera nona Ernestina, qui a sido citada pelo zio Archesto em su carta, faz tempo qui passou a morar do lado debaixo da terra. A Giuliana virou uma matrona mal-humorata e ficou solteira, depois de se desquitar do marido, qui era um vagabondo e só queria saber de giocare nos cavalo e encher a cara. A auto-estrada non a sido construída. E o mio caro zio Archesto a morrido, em 1986, depois qui uma marquise de uma loja a desabato sobre sua cabeça.
A vecchia carta me assegurou qui non importa as obra, non importa as construcione, nem a megalomania dos uómini. A veritá, nas palavra de Ovídio, é qui nada será capaz de interromper a inexorábile fluidez do tempo. E tutto qui é sólido vai se desmanchar no ar, como diria aquele alemão comunista.
Finita as pausa filosófica, devo dire qui estarei nesta domenica na Missa Italiana, qui será oficiada às 12 hora na Igreja Matriz de São Bernardo. Terminada a celebracione, io e o mio amice Paolo Benazzi vamo comer spaghetti ao sugo no salão paroquial. Imperdibile! A Simone Malatesta me pergunta si o Malatesta qui io falo nos meus artigo é su parente. Duvido multo, caríssima. O mio amice Malatesta é descendente de pirata espanhol e tem hora qui io acho qui ele está neste Planeta só de visita.

Namorada mia

Io já disse qui me vóglia multo esta época do ano. As temperatura são baixa. De manhã, as neblina cobre as rua. À noite, as família se recolhe ao aconchego das casa e fica vendo televisione debaixo dos cobertor. É tempo de vino, das comida saborosa e festa junina. Mas a data piu importante do mês, além dos dias dos santo, é o Giorno dos Namorado.
Que comemoracione belíssima é essa. Mesmo com o avanço dos anni, com os cabelo branco, as dor nos osso e as tristeza das perda dos ente querido; mesmo depois de tutto isso; um uómini non consegue se esquecer de sua prima namorada.
Lembro como si fosse oggi daquela primo encontro. O toque da mano, o cabelo comprido e escuro próximo da mia faccia e o mais importante de tutti: o perfume, questa mistura de erva e aroma indefinibile, qui me entrava pelas narina e me deixava maluco de passione.
Era os anni da mia adolescência, cuando io deixava de ser um bambino e entrava no camino da maturidade. Tutto era nuovo e pleno de sappore. A começar pelas unha pintada das dona, qui os padre mandava a gente se afastar delas, perche “o diabo também pode se esconder atrás de uma unha vermelha”.
Bene, io tenho em casa mia um baú. É um baú daqueles antigo, herança do mio nono. Lá, io guardo um diário qui o mio nono a escrito, cuando foi trabalhar, como um escravo, nas fazenda de café do Brasile do século XIX. Tenho um relógio de bolso, redondo, “um patacone” de ouro, qui era uma relíquia do mio pappa. Guardo essas cosa qui pra algumas pessoa non dizem nada, mais per me, dizem multo. São aqueles presentinho qui os filho da gente prepara na escola, cuando eles era pequeno e qui, com o passar do tempo, se tornam as lembrança qui alegra o nosso coraçon.
Assim, otro giorno desses io abri o baú e lá no fundo, escondito de tutto, como se fosse a lembrança qui precisava ficar mais guardada de todas, encontrei um lenço, desses que as moça usa em volta do pescoço.
Estava dobrado e enfiado dentro de um envelope de carta, qui por sua vez estava dentro de um outro envelope pardo. O tempo tinha danificado a coloracione do envelope, qui non era mais pardo, mas de uma colore indefinibile. O outro envelope, de carta, mantinha as cor da bandeira do Brasile, em volta das borda. E ali guardado, escondido do interesse do mondo, se encontrava o tal do lenço florido...
De quem seria? Perche estava ali dentro? Quem me havia dado?
Non tenia nenhum bilhete, nensuna informacione, nada. A message era o lenço. Apenas ele. Num gesto quase instintivo, levei a echarpe, ainda bene conservata, a mia faccia. E senti o cheiro. Do meio das molécula do tecido, senti o perfume. Aquele odor único, imutábile, qui os anni e as tristeza da vita non tinham conseguido destruir. Era o perfume da mia prima namorada. Io non sei o nome de questo perfume, mas se pudesse batizar, io chamava ele de Inesquecibile.

Benvenuto, fredo

Com multo piacere, devo dire que o fredo finalmente a arrivato. Esta é a estacione do anno qui mais me deixa felice. Io posso tirar mios casaco velho do guarda-roupa e sair pelas rua de chapéu, casacone, calça de flanela e sapato de sola dupla da Vulcabrás.
Foi num dia de fredo qui o mio caro amice Malatesta ficou com as língua grudada num corrimão de Paranapiacaba. Nós estava andando ali pela cita, passando naquela passarela que corta a cita pelo meio, cuando vimo qui uma fina película de gelo tinha se formado em volta do corrimão. O disgraciato do Malatesta, qui já tinha me tomado umas e otras, deu uma lambida no gelo e ficou grudado.
Era uma image até qui engraçada. Um uómini daquele tamanho com a boca presa no corrimão, fazendo com as mão um movimento meio desesperato, enquanto pedia socorro: “Aiuto! Aiuto!” O Bortoleto teve a idéia de esfregar pinga na língua dele e só assim conseguimo tirar o Malatesta do corrimão.
O Bortoleto, por sinale, me convidou pra ir tomar um vino na casa dele nesta settimana. Foi uma delícia, perche ele tinha voltado de Canela, no Rio Grande do Sule, e trazido uns vino qui son uma delícia. Um melhor qui o otro. Na casa do Bortoleto, tem aquelas lareira, qui son multo aconchegante. Tomando vino, comendo uns tremoço com pinhão, o fogo crepitando, caríssima, qui mais um cidadão pode querer da vita.
Bene, o ruim do fredo é qui nóis, os vecchio, só conseguimo levantar da cama às duras pena. É as costa qui dói, as perna non funciona direito, os braço qui fica dolorido, sem falar dos torcicolo qui nesta época do ano ataca nóis qui só vendo.
Sem falar daquela situacione do meio da noite, cuando a gente sente vontade de ir no banheiro e non tem corage de sair debaixo das coberta. É um tormento, caríssimo. A gente fica morrendo de vontade de levantar e ao mesmo tempo non consegue se mexer dali do meio dos cobertor.
O fato é qui chegou o mês de junho, das Festa Junina, e é com multa saudade qui, lendo o livro Do Tirreno ao Atlântico, do mio amice Duílio Iannaccaro, vejo ele descrever as festa caipira, com os homem com as calça remendada e as mulher com os vestidinho estampado e de chapéu de palha. Era aquela alegria das fogueira, das batata doce assada, das pipoca e dos fogo de artifício, na noite de São Pedro. Cuantos momento maravilhoso nóis passamo nessa época. O Iannaccaro lembra da figura do fogueteiro, qui acendia os rojão com seu charuto Toscano. Em seguida, se soltava os balão. As criança gritava qui nem louca, enquanto o sanfoneiro fazia todo mondo dançar a quadrilha. Qui belas lembrança de um tempo qui, infelizmente, non vai voltar nunca mais.

Os fantasma e nóis

Non sei se já aconteceu com outras pessoa, mas comigo é una presença constante. Io sinto um arrepio, que me percorre do começo da espinha até o pescoço. Aí, io viro a cabeça e vejo ele lá. Encostado na porta da cozina, olhando pra mim. Depois, ele some.
Non sei quem é ele, non imagino perche ele vem me ver, mas é como se fosse um conhecido dentro da casa mia. Acho qui ele morava lá antes, non lo sei.
O fato, signora, é qui tem um fantasma dentro de nostra casa.
O padre já veio rezar missa, uma signora benzedeira espalhou água benta, mas ele continua vindo me ver. E como ele non me faz mal e só aparece de vez em cuando, non me incomodo mais. Seja benvenuto.
Os mio filho tinha muito medo da Loira Fantasma, qui aparecia no banheiro das escola. Ela usava um algodone nos nariz e pedia pras criança tirar o algodone, perche non consegui respirá.
Um dos fantasma mais famoso do Grande ABC ficava lá na antiga tecelage Elni, no começo da Jurubatuba, onde oggi é um entreposto. Na realidade, non era um fantasma, mais três. As criança ia até o prédio abandonado e saía correndo apavorada, depois de ver uma signora com o filho nos braço. O outro qui assustava non só as criança, mas os mais velho também, era um guarda. Uma aparicione brilhante, iluminada, qui desaparecia em poucos segundo.
Ali perto, na Marechale Deodoro, amici mio dizem qui já ouviram o ronco do Dodge qui matou o giovane Corazza, em 1974, naquele qui foi um dos mais terribile acidente de trânsito de nostra regione.
Na casa de uma irmã minha, um giorno, a mia mamma dice assim: “Escuta, filha, acho qui io estou ficando maluca da cabeça, perche io juro qui vi um ligeira na sua sala”. Ligeira, o signore sabe, era aqueles sujeito sem eira nem beira, qui andava pelas estrada do Brasile em busca de trabalho.
A mia irmã dice: “No mamma, a signora non está ficando pazza. Io mesma já vi questo ligeira. Ele tem uma cara de malvado e olha pra nóis, como se estivesse com raiva qui a gente está viva e ele non”. “Esse mesmo”, a mia mamma concordou.
Na casa do mio nono, no Baeta, tinha noite qui non se conseguia dormir, com o barulho das corrente, qui era arrastada de um lado pro outro. Nunca se descobriu qui cosa era questo barulho infernale. O fato, caríssima, é qui como a dito questo poeta inglese tem mais mistério em cima da Terra do qui imagina a nossa cabeça vazia. Antes de encerrar, devo dire qui io estou lendo com multa attencione e emocione o livro Do Tirreno ao Atlântico, escrito pelo mio amice Duílio Iannaccaro. É uma das bela página da literatura mondiale, que, em breve, voltarei a comentar neste grandíssimo giornale.

Os bebum e nóis

Devo dire qui io a passato parte da mia vita dentro dos bar e dos boteco, numa convivência multo pacífica com os bebum, qui povoa esses ambiente. Foram raro os momento de briga ou de altercacione.
Em generale, io a presenciato um discussione ou otra por causa do futebole, de política e de religione, qui a maior parte das pessoa comum non discute, mas o bebum gosta de discutire.
Nos boteco, acontece cosa qui parece piada. Em Santos, lembro um giorno do Albertino Baldochi qui me apareceu no bar do Pirulito, com um pingüim debaixo dos braço. O Albertino trabalhava nas doca e encontrou na praia um pingüim qui passeava pelas areia.
Nóis dissemo pra ele: “Albertino, pelo amore de Dio, leva questo pinguim pro Aquário”. Era tutto nós, falando ao mesmo, tutto nóis apavorato com questo pingüim ali no boteco.
No giorno seguinte, a gente ainda comentava a loucura do Albertino Baldochi, cuando ele me aparece novamente com o mesmo pingüim debaixo dos braço. “Mais nóis non dissemo pra você me levar questo pingüim maledetto pro Aquário?”
“Io levei”, ele disse, “E oggi vou levar ele no cinema”.
O Malatesta saiu uma noite com os parafuso trocado lá do bar do Pinhata. Naquela época, embora fosse desaconselhado pelas autoritá, as pessoa enchia a cara e pegava o carro pra ir embora pra casa. Não era tutto eles qui chegava, é vero.
O Malatesta entrou no carro, tentou colocar as chave no contato e, de repente, começou a chorar de desespero. Os disgraciato dos ladrão tinha roubado a direção, o câmbio das marcha, os contador de velocitá. Tutto qui tinha ali na frente havia desaparecido. Só tinha mesmo sobrado o banco. Ele entrou chorando no bar, em busca de ajuda.
Fomos tutto correndo ver o automóbile dele, uma Chevrolet derrubada de quatro porta. Pra nossa supresa, o câmbio das marcha, a direção, os hidrômetro, estava tutto lá, onde deveria estar. Aí, a gente a percebido qui o bebum do Malatesta tinha sentado no banco de trás do automóbile. O mesmo Malatesta, cuando morava no interior, um giorno voltava pra casa sua e ficou perdido. Ele precisava passar pro lado de lá do rio e não sabia como. Pra sorte dele, um cavalieri, também male equilibrado das perna, com mais de uma pinga na testa, andava do outro lado. O Malatesta gritou: “Signore, como faço pra ir por otro lado do rio?” E o cavalieri, como se estivesse aturdido com a pergunta, a respondido: “O signore já está do outro lado do rio”.

O mistério das três pinga

. Numa certa sexta-feira, a aparecido lá no bar do Pinhata um cavalieri, multo distinto, de terno e paletó, com jeito de quem tinha saído do serviço naqueles minuto. Ele me pediu pro Pinhata três pinga. Disse que queria os três copo em cima do balcone. Desta forma, um copo daqueles de fundo grosso e curto, próprio pra se tomar caninha, junto do outro.
O Pinhata preguntou pra ele: “Por que o cavalieri não toma uma pinga e depois me pede outra?” Non podia. Tinha que ser as três aos mesmo tempo.
O Pinhata serviu. Ele me tomou as três pinga. Pagou. E foi embora. Na sexta-feira da settimana seguinte, me apareceu na mesma hora, entre cinco e seis hora da tarde. Pediu novamente as três pinga. Tomou. Pagou e foi embora.
Aquilo estava deixando tutto nóis com os nervo a flor da pele. O Pinhata, que é mais curioso que um filhote de gato, não agüentava mais.
Como o cavalieri veio novamente na sexta-feira seguinte, na mesma hora, e fez o mesmo pedido esquisito, o Pinhata se sentiu na obrigação de resolver o mistério. “Mais, caríssimo, perche precisa ser as três pinga servida junta e non aos pouco?”
O freguês explicou que ele tinha dois irmão. Os três, ele contou, se gostava multo, eram muito próximo, mais infelizmente a vita tinha separado os três. Cada um morava numa citá diferente.
Então, pra eles non se sentir tão sozinho, os três tinha combinado que tutta sexta-feira eles iria num bar, cada um na sua citá, pediria três pinga, bebia, como se estivessem junto e non distante um do outro.
Aquilo comoveu o Pinhata e tutto nóis. Era uma bela de uma história. Devo dire, que nas sexta-feira seguinte nensuno a prestado mais atencione ao cavalieri que chegava, pedia as três bebida. Tomava e ia embora. Até que um belo de um giorno desses, ele entrou no bar e pediu duas pinga pro Pinhata...
Duas pinga, caríssima! Duas e non três. Si eles eram três irmão, perche duas pinga? Aquilo gelou nossos umbigo.
O Pinhata se aproximou dele e preguntou se tinha acontecido alguma disgrazia na família.
Nóis, em volta do balcone, paramo de conversar e olhamo pro cavalieri. Já me saía umas lágrima dos olho do Malatesta.
O cavalieri abriu o rosto num sorriso e disse que non. Gracia a Dio, nensuna morte tinha se abatido sobre su famiglia. Os dois irmão dele estava bene, com plena saúde.
“Perche, então, duas pinga e non três, como o cavalieri pedia sempre?”, quis saber o Pinhata.
E o freguês a respondido, com simplicitá: “É que eu parei de beber.”

A fome e a vontade de mangiare

Uma das coisa que mais me deixa feliz na vita é mangiare. Como io gosto de uma bela de uma costeleta, acompanhada por uma massa, um spaghetti saboroso, com bastante molho vermelho, coberto com aquelas folha cheirosa de manjericone. Managia mia, só de escrever começa me dar água na boca. É um mal de família, io penso.
O mio nono querido sentava na mesa ao meio dia e só levantava duas hora depois. Ele comia tutto qui tinha direito e mais um pouco se a mia nona deixasse. Na sobremesa, o mio nono pegava as fruta e oferecia primeiro pros neto, depois pros filho, pra mia nona e, se nessuno quisesse, aí é qui ele mangiava. Era um uómini rude, multo duro, mais de uma delicadeza extrema com su famiglia.
Lembro de um tio distante qui um giorno apareceu em casa de surpresa. O povero tinha emagrecido uns 30 quilo, depois de ter passado uma settimana dia atrás dos ferro, vendo o sol nascer quadriculato, por causa de uma briga com um delegado, e estava com uma fome daquelas de leone.
Bene, cuando a mia nona pôs um filé à parmegiana gigantesco na mesa, ao lado de uma travessa cheia de frango com multo alho e azeite, com aqueles cheiro verde por cima, o povero pôs as mão no rosto e começou a chorar de tanta emocione.
Por isso tutto, cavalieri, devo dire qui questa settimana fui no hospitale e as notícia non são nada buona. O dotore olhou os resultado dos mio exame, balançou a cabeça, tirou os óculo, suspirou fundo e disse qui os número e os gráfico mostrava tutta uma vita dedicada a mangiare as comida qui fazia mal pro corpo.
“O signore mangia multa massa, multo açúcare, bebe multo vino e ainda me fuma questo cachimbo maledeto. É um milacro o signore está ainda em cima da terra. O normale nesses caso é qui o signore já estivesse lá embaixo.”
O pior, caríssima, viria nos minuto seguinte. Ele me proibiu de mangiare tutta as cosa qui io mais gosto na vita. Nada de spagetti, nada de gnocco, nada de frango, de costeleta, de pastieri di grana, e finito o mio cachimbo da noite, do final do giorno.
Em troca das comida qui io mais amo e das mia cachimbada, o dotore me receitou umas folha verde, aveia, soja, umas raiz esquisita e chá. Dio mio! Aveia! Juro por Santo Expedito qui io tentei. No primo giorno, a mia signora aprontou aquelas cenoura seca, com uns pepino sem gosto e umas alface sem tempero. Io a mastigado aquilo, com lágrima nos olho. Terminada a refeiçone, io dei um soco na mesa e falei: “O mio regime acabou aqui. Finito! Nunca mais”. No dia seguinte, cuando chegou o horário do almoço, sentei na mesa e no lugar dos filé engordurado, tinha espinafre. Em vez de spaghetti, me apareceu umas beterraba sem graça. Descobri, então, qui o regime era mais forte qui io. Ele tinha me vencido.

A vida das coisa

. A gente vai ficando vecchio e descobrindo sempre uma novitá. Minha última grand descoberta vai deixar o signore e a signora com os cabelo em pé.
Cheguei à conclusione qui as coisa tem vida. É vero. Pode ser um papele, uma ferramenta, uma chave, non importa o qui seja, o fato é qui tutto tem vida própria.
O mio molho de chave, por exemplo, é rápido como um coniglio. Ele consegue se enfiar nos lugar mais improbábile qui um ser humano pode imaginare. A signora colocaria as chave dentro do motore do carro? Certamente que non. Seria um lugar estúpido de se colocar as chave. Imagine toda vez qui a signora quisesse abrir as porta da casa, teria qui levantar o capô do automóbile, pega a chave lá de dentro, pra depois abrir as porta.
Bene, io non pus o molho de chave dentro do motore, mais, a signora acredite ou não, ele saiu dos meu bolso e foi se escondê lá dentro. Mesmo sem ter perna, as maledeta da chave fugiram de mim e foram parar em cima do radiatore do automóbile.
Dentro da casa mia, as disgraciata da chave se escondero nos armário do banheiro, na lixeira do mio escritório e até mesmo dentro do forno do fogão. Perdi as conta.
As ferramenta, então, nem conto pro signore. Io tenho uma chave Phillips que gosta de brincar de esconde-esconde comigo. Io ponho ela em cima da bancada, mais cuando volto pra pegar, ela a sumido. Procura daqui, procura de lá, e non é qui ela me aparece no bolso de trás do mio macacão.
Os óculo parece que eles fazem de propósito pra humilhar as pessoa. O lugar preferido deles se esconder é onde menos se espera e raramente se costuma procurar. A gente revira as gaveta. Olha em cima do piano. Mexe nos bolso dos paletó. E, cuando alarmado com a perda, grita: “Perdi os óculos!” A esposa da gente, sem tirar os olho da televisione, resmunga: “Está na sua facia, imbecile”. O tempo tutto escondido na frente dos olho e non se tinha dado conta.
Até pouco tempo atrás, io achava qui só as coisa pequena tinha vida e sumia. Mais non é vero. As coisa grande também costuma fugir de nóis. Otro giorno desses o mio automóbile a desaparecido. Io e a mia signora fomos no shopping, paramo o carro no estacionamento e cuando voltamo, com as compra, o maledetto tinha se evaporado.
Primeiro, nóis andamo pelos andar qui a gente achava qui era; dopo, pelos andar qui a gente jurava qui non era; e finito nóis começamo a piangere como duas criança. “Robaro mio automóbile”, io dicia. Viero os segurança, de terno preto e radinho desses qui fala com estática. Veio em seguida um segurança de moto. E cinco minuto mais tarde nosso automóbile tinha sido encontrado. A uns 30 passo de nóis. Se fosse um leone, tinha mangiado a gente. Dopo tutto qui io a relatado aqui, o signore e a signora concordam comigo qui as coisa tem mesmo vita ou non tem?

As comida da mamma

Acordei um giorno desses com uma vontade arrebatadora de mangiare questa berinjela à milanesa, qui a mia mamma costumava fazer, na época em que ela se lembrava das coisa. Oggi, infelizmente, às vezes ela me olha e pergunta: “Você é filho de quem?” Ela sempre me confunde com alguém qui no solo io. Às vezes, também, é vero, a cabeça dela funciona melhor qui a minha. Ela é capaz de lembrar da época em qui a gente ia de trem pro Guarujá, lá pelos ido de 1940, com os detalhe precioso de como se chamava as estação do trem. Mais no generale as lembrança dela são mais misturada qui acertada.
Bene, o fato é qui io queria mangiare aquela berinjela à milanesa qui a mia mamma fazia, cuando io era ainda um bambino. Era uma comida impressionante de deliciosa. Feita com a casca da berinjela, carne moída temperada e uma cobertura multo saborosa de queijo ralado misturado com gema de ovo. As berinjela iam no forno e cuando saía a gente ficava patzo de tanta fome qui dava. A signora me acredite: io mesmo perdi a conta de quantas vezes tentei fazer a tal da berinjela à milanesa e, juro por Santo Expedito, qui ela nunca qui me ficou bona, do jeito qui a mia mamma fazia.
Otro prato saboroso da mia mamma era questo bolinho de batata frito. A gente mangiava o bolinho bem quente, fumegante, acompanhado por um bife daqueles bem alto e mal passado. Ela misturava as batata com queijo, cebolinha picada e cheiro verde, umas lasca de pimenta vermelha, tutto bem temperado, e aquilo ficava uma delícia, uma quitute maravilhoso, de dar inveja ao famosíssimo Bar do Bolinho de São Bernardo.
Perdi a conta de quantas vez io anotei a receita do bolinho de batata e tentei fazer iguale. Nunca a dado certo.
As conserva, então, nem se fala. Questo pimentone vermelho em conserva, mamma mia, qui sabore! A mia mamma fazia com azeite, alho picado e pimenta rosada. Cuando se comia questo pimentone no pane italiano, tomando um vino rosado, era a chegada ao Paraíso. Dante Alighieri, qui a escrito “io estive no Céu onde su luce é mais intensa, e vi cosa que uómini algum, de lá retornado, seria capaz de relatar”, estava certamente falando da experiência de mangiare um delicioso pimentone com alho e pimenta vermelha em conserva.
Por isso, amice mio, cara signora, non perca os momento mágico ao lado das pessoa qui se gosta. Aproveita. Non desperdiça. Abraça sua mamma, faz um carinho no seu pappa ou nas pessoa qui você ama. Si non se aproveitar as oportunitá de oggi, nem sempre o amanhã vai saber reservar esse tempo qui hoje a gente tem de sobra. Caríssima Concetta Iannaccaro, a signora pode me deixar o livro Du Tirreno ao Atlântico, de autoria de su papa Duílio, na portaria do giornale, qui mais tarde eles me entrega.

Os esqueleto do quintale

Caríssimos, é sempre una grand felicitá estar aqui com vocês nesta domenica maravilhosa. Uma das grand riqueza do uómini é as suas amizade. Quantas aventura qui non passamo io, Malatesta, Cabrera e Cosmo, mios amice pescadore e caçadore. Foi na companhia deles qui io me perdi na Serra do Mar, naquela tarde qui a gente encontrou um aeroplano inteirinho, como si tivesse aterrisado naquele instante, pendurado nas árvore.
O Cassetari, lá do bar do Pinhata, sabia falar francese e foi qui me traduziu o título de um livro qui um aviatore me a dado na época da guerra. Questo signore aviatore si chamava Antoine e a descido de emergência em Ubatuba. O livro, qui ele mi a dado, segundo a traducione do Cassetari, si chamava O Príncipe Pequeno.
O Nino Taralo tenia um galo garnizé qui tomava café com pãe e leite junto com ele. O galo almoçava e até via televisione na poltrona da sala. Um giorno, o cane do Nino estava com fome e a manjado a cabeça do poveretto galo.
Bene, de tutto esses mios amice, o Malatesta é certamente aquele qui mais acontece coisa esquisita com ele. Ele a visto até a Loira Fantasma na estrada do Regis Bittencourt, só pra signora ter uma idéia.
Devo dire qui um giorno o Malatesta decidiu fazer uma horta no giardino da frente da casa dele. Ele me pegou uma enxada, uma bela de uma picareta e começou a arrancar as grama, as rosa e as dama-da-noite qui a mulher dele tenia plantado com multo carino e amore.
Ao meio-dia, o qui havia sido um giardino tinha se transformado num pântano, uma areia movediça africana. Enfiado com as canela no lamaçale, o Malatesta bateu numa cosa multo dura. O infelice achou qui era um tesouro, desses de pirata, mas cuando ele me trouxe com as mano viu qui era uma caveira. Meia hora de escavacione mais tarde, e o Malatesta tinha descoberto uns dez esqueleto de gente, umas vinte vasilha e uns machado vecchio.
A polícia foi chamada e os perito dissero qui aqueles morto era multo antigo. Um mês depois, o giardino do Malatesta havia virado um canteiro de pesquisa, com os doutor da faculdade limpando osso qui non acabava mais. O Malatesta descobriu qui a casa dele ficava em cima de um cemitério de índio.
Achei qui questa história nunca mais ia se repetir na mia vita. E non é qui questa mesma settimana passata um signore a descoberto uns osso de gente no giardino dele. Tutto iguale ao qui a acontecido com o Malatesta. Io tenia ouvido falar dos esqueleto nos armário, mais no quintale, isso pra mim é mais uma novitá do futurismo. Fica com Dio, qui Gesu e Nossa Senhora abençoa tutta sua família. Arrivederci.

O cavalieri Pasquale

Questa settimana a sido do bambino Alemao de Sao Bernardo. É Alemao pra cá, Alemao pra lá, nas capa das revista, nos giornale, é tanto Alemao qui io a dito pros mios amice: “Porca miséria, qui io vivi tutta a mia vita em Sao Bernardo e non sei quem é questo bambino. O qui ele a fato exatamente?”
Me dissero qui ele ficou uns giorno preso dentro de uma mansione, dessas com piscina, namorando umas dona maravilhosa e a televisione a filmato tutto. Devo dire qui na mia época o único lugar qui a gente ficava preso era naquela salinha escura e apertada, atrás da mesa do delegado, por onde se via o sol nascer quadriculato e sem nensuna dona loira por perto. Os tempo mudaro. É vero.
E é bom qui os tempo mude mesmo. A signora já imaginou si fosse sempre tutto iguale qui cosa chata qui ia ser as nossa vita? A renovacione faz parte das nossa existência e oggi é o dia qui se comemora o renascimento. Viva a Páscoa! Viva Gesu ressuscitado.
A Páscoa sempre me lembra do cavalieri Pasquale. Questo signore era multo elegante, gentil com as dama e sempre afetuoso com os vizinho. “Um gentleman”, as pessoas de antigamente costumava dizer. Um gentleman perche ele parecia um inglês daqueles antigo, sempre de terno e gravata, o sapato engraxado, brilhante, impecábile.
Bene, tutto qui o cavalieri Pasquale tinha de civilidade e educacione, o filho dele era ao contrário. O ragazzo fazia tutto errado. Si o pai mandava ele pára, ele corria; si o pai pedia pra ele descer, ele subia. Um gióvane do contra. Um dia, o filho do cavalieri Pasquale a fato uma bobagem daquelas imperdoábile: ele roubou um carro e levou os amice pra passear pela citá. No dia seguinte, o signore Pasquale foi chamado na delegacia. Su filho estava atrás das grade, preso como um delinqüenti.
Si fosse um dos mios bambino, acho qui io ia bater a testa na parede até quebrá os tijolo. Mais o cavalieri Pasquale viu naquela situacione desesperata uma chance de inverter o destino de su ragazzo. Ele e o filho se uniro na desgrazia. Ficaro junto como nunca antes tinham ficado. O moço a cumprido pena. Passou pelas humilhação da cadeia e, cuando a saído, su vita a mudado da água pro vino. O milacro da transubstanciaçone. Ele largou as má companhia, voltou a ter amor pelos livro e deu paz pras manchete dos giornale. Na terça-feira da settimana passada, quando fez um calor de fim de mondo, io a passado multo male. Achei qui mios giorno em cima da Terra tinha acabado. Fui no hospitale me consultar. Um médico geriatra me atendeu com multo carino e gentileza. Ele me a dado uma receita e quando io olhei o nome dele vi o sobrenome do cavalieri Pasquale. Perguntei se ele conhecia o signore gentleman. E ele me respondeu: “Sou su filho”. Ainda non era Páscoa, mais certamente se via ali o milacro do renascimento.