sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Vino veritas

Na quinta-feira, foi o Dia de São Pedro. A uns vinte ano atrás, nesse mesmo dia de São Pedro, io estava em casa, sendo entrevistado pelo giornalista Nelson Cilo, na época um bambino no começo da profissão e oggi um grandíssimo e famoso colunista deste Diário.
O assunto da entrevista era sobre o futebole italiano. Bene, cuando a conversa estava terminando, tocou a campainha de casa. Era o mio amice Meneghetti, acompanhado do Rocco e do Pinhata. Eles iam na vinícola do Agenore Fumagalli. Me pediro pra acompanhá eles. E fomos os cinco na Brasília vecchia, caindo aos pedaço, do Meneghetti, a mesma Brasília qui roubaro otro giorno desses e nunca mais ela apareceu de volta.
O Agenore Fumagalli morava onde o maledeto do Judas escondeu a corda qui usou pra se enforcá. Ficava bem pra lá das balsa dos Tateto, quase em Engenheiro Marsilac, num lugar alto, cercado das árvore.
Nóis ia batendo os dente de frio dentro da Brasília. Na travessia da balsa, o vento da represa vinha em cima de nóis e cortava os osso, assim em fatia bem fininha.
O Meneghetti dizia: “Beppo, você vai prová o melhor vino qui já tomou na vida. As uva dança na sua boca, como se você estivesse num baile”. O Rocco, grandíssimo produtore de vino, estava desconfiado: “Será que é bom mesmo, Meneghetti?”
O Meneghetti jurava qui era o melhor vino fabricado no Brasile, na América Latina e “quiçá”, ele dicia com essa mania qui as pessoa tem de usá as palavra dificile,“quiçá de tutto el mondo”.
Depois da balsa, a gente andou uma duas hora pelas estrada de asfalto e terra daquela regione desabitada. Se quebrasse a Brasília, era pedir ajuda a Dio, perche naqueles lado non tênia mechanico, nem oficina, nem ninguém. Só a vinícola do Fumagalli e o pedaço da corda do Judas.
Bene, finalmente, chegamo na casa dele. Quem nos recebeu foi uma signora triste, com a cara de quem comeu e non gustou. O Fumagalli, um careca de olhos arregalado, apareceu sorridente, felice com a nossa visita.
Conversa daqui, conversa de lá, e fomo nóis pra vinícola. Era uma construção subterrânea, qui podia ser usada no dia em qui os americano e os russo fosse explodir o mondo com as bomba atômica.
Embaixo da terra, tinha ali aquelas barrica, tonel de madeira, garrafão, cuba, descuba, amassadore. O cheiro do vino dominava o ambiente. Só com cheiro dava pra ficar bêbado. Assim, chegou o grande momento: o Fumagalli abriu os garrafão e nos serviu, em taças elegante, como se a gente o rei da Inglaterra.
Cuando io coloquei o vino na boca, a bebida era tão amarga, tão disgraciata de ruim, qui cuspi tutto de volta. O Pinhata, o Meneghetti, o Rocco, o Cilo fazia a mesma cosa. Assi, io descobri perche aquela signora, qui nos antendeu a porta, era tão triste. Non se tratava de algo qui ela tinha comido e non gostado. Era o qui a infelice era obrigada a beber.

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