O Gerente

Cuando io tinha comércio, lembro de um gerente multo cumpridor dos dever, chamado Luca Malasuerte. Ele andava na loja com avental branco, prancheta nas mão, com um olhar de gavião, observando detalhe que a mente humana comum non conseguia enxergar. Foi um dos grand gerente qui me passou pela vita nesses quase 60 anni de trabalho e dedicação ao comércio de São Bernardo. Lembro dele, carequinha, com os óculo na ponta do nariz, verificando e verificando as prateleira pra ver se encontrava alguma cosa errada. E quasi sempre achava. Ele me apontava o dedo, como se io fosse um criminoso: “Seu Beppo, o senhor misturou a fresadora com o torno detalonador”. Io pedia desculpa e prometia qui nunca mais ia misturar a fresadora na mesma prateleira do torno. Era como se io fosse o empregado e ele, o dono. Mais io gostava dele. Era um uómini sério, trabalhador, qui me chegava mais cedo qui tutto os otro funcionário e só ia embora cuando as porta de ferro baixava.
Bene, o mio grande amice Pinhata nunca teve um gerente no bar qui ele toca há também uns 60 anni. Nunca teve até há umas três settimana passada, cuando ele me arrumou um gerente, de olhos arregalado, as orelha em pé e com a língua, caindo pra fora da boca. O Pinhata me encontrou o gerente dele na Marechale Deodoro. O povero estava cambaleante, maltratado, morto de fome e sede. O Pinhata pegou ele no colo e levou pro bar. Deu água, comida e levou na doutora Martha, qui deu as injeção qui ele precisava.
Nos giorno qui se seguiro, o Gerente tinha renascido pro mondo. Comia qui nem um leone e passou a controlar o bar do Pinhata. Praqueles qui pedia fiado, o Gerente rosnava. Pros amice, o Gerente deixava passar a mão na cabeça dele.
O Gerente era um canheto feinho, mas simpático. Ia ser o grand substituto do Dentinho, aquele cachorrinho qui comia bolinho de bacalhau e adorava pinga com limão. Ia ser, perche a signora non imagina o qui aconteceu.
Na quarta-feira, o Pinhata foi abrir o bar e encontrou o Gerente caído. O povereto tinha esticado as bota. O Rocco, primo do Pinhata, me disse qui o canheto a morrido do coração. Talvez de tanta alegria, de no finale de sua vita triste, ter encontrado umas pessoa qui mostraro afeto e amore pra ele. Pode ser veritá, mas também pode ser qui ele a morrido ao mastigar um rato envenenado pelos chumbinho.
O fato é qui o mio amice Pinhata ficou multo triste de novo. Si o signore ou a signora souber de alguém qui tenha um cachorrinho, precisando de carinho, leva pro Pinhata. Faz o Pinhata sorrir novamente.Quanto ao mio gerente, o Malasuerte, pra fazer justiça ao nome, ele teve tanto falta de sorte qui, entre 22 giocatore qui estava num campo de futebole, ele foi o único qui levou um raio na cabeça, durante uma tempestade terribile de verano.