sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Um escritore al mare

Antes da Seconda Guerra Mondiale, io e mios amici fomo pescá em Ubatuba. Naquela época, a citá tenia umas 20 casa, onde morava uma 50 pessoa.
O signore non vai acreditá, mais só se chegava em Ubatuba, naqueles tempo, indo de barca ou de aeroplano. Non tenia essas estrada moderna qui tem oggi. Pra signora ter uma idea, tinha mais peixe qui gente em Ubatuba. Pulava tanta tainha pra dentro dos barco de pesca, qui a gente pescava com as mão.
Bene, uma certa tarde a gente estava tutto conversando ali no Hotel do Felipe, uma belíssima construcione coloniale de pau e piques, cuando questo maledeto do aeroplano começa a baixá, se aproximá da areia, até qui ele aterrisa, fazendo uma barulhada disgraciata.
Nóis corremo naquela direcione, com as areia voando pra tutto cuanto é lado, principalmente, pra dentro das nossa bocae dos nosso olho. Era uma machina Latecoera, belíssima, da Compania Aero Postale francesa.
Oggi, o signore e a signora iam ter a maior paúra de entrá num teco-teco de um só motore como aquele, mais naqueles ano a Latecoera era a Ferrari do celo. Uma maravilha do outro mondo. Os piloto parecia pra nóis uns habitante dos outro planeta. A gente precisava apertá o braço deles, pra confirmá qui eles eram humano como nóis.
O piloto era um uomini multo distinto ciamado Antoine, era francese, com capacete de aviatore e os óculo tutto sujo de fulige. Viajava com ele um radiotelegrafista, qui nensuno conseguia pronunciá o nome direito dele e nóis apelidou de Chacale.
Os dois non falava uma palavra de português e nóis non falava francese. A gente se entendia com as mão. Devo dire qui o piloto e o radiotelegrafista ficaro no Hotel do Felipe. À noite, nóis nos sentamo tutto junto na única mesa do hotel pra jantá. Eles abriro uma garrafa do vino Sauterni, qui era uma raridad, uma delícia dessas de estalá a boca de tanto piacere. Aqui no Brasile, uma garrafa de Sauterni custava cuase o mesmo preço de um aeroplano.
No giorno seguinte, antes do piloto arrumá o avion e continuá a viagem, ele me a dado um livro, escrito em francese, qui o mio amice Cassetari, lá do bar do Pinhata, a traducito como sendo O Príncipe Pequeno. Questo povero Antoine, me dissero, morreu na Seconda Guerra Mondiale. Nunca mais a retornado a Ubatuba. Uma pena. Io també nunca mais tomei questo vino Sauterni.

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