sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A Lusitana roda e os cowboy muda

Otro giorno desses, io e mio amice Ademiro de Medicis, questo grand memorialista da regione, estávamos lá na Padaria Veridiana, em Sao Bernardo, conversando sobre os cowboy de antigamente. Devo dire qui io adorava esses cowboy qui passava nos cinema. A gente ia no Tangará, em Santo André, no cine do Prado, em Ribeirao Pires, com mio amice Americo Del Corto, e era uma festa em cada sessione. Tinha filme qui a platéia se empolgava tanti qui começava a batê os pé no chão, como se fosse parte da orquestra.
Às vezes, o público deixava a distincione de lado e batia os pé de impaciência. Era o filme qui se enrolava nas máquina; era as fita qui quebrava ali dentro; o pior mesmo era cuando acabava a luce. “Porca miséria: Liga o geradore!” Nóis gritava. Só qui nunca tenia geradore. Os moço ficava com aquela cara de quem comeu e non gostou. Tenia vez qui a luce non voltava mais e a gente precisava ir embora do cinema, multo chateado, chutando as lata na rua de raiva.
Io gostava multo do Tommi Mix, do Hopalongas Cassidi, do Roy Rogero. Eles tinham uns cavalo qui era como se fosse otro personagio. Era bonito de vê aqueles cavalo correndo, com as crina voando solta. Era uns bicho ensinado. Se precisava subi escada, o cavalo subia (descia també). Dava vontade de fazê a mesma coisa, de saí correndo qui nem louco pelas rua com aqueles cavalo de sonho. O mais bonito era o do Roy Rogero. Chamava Trigue. Si o Roy Rogero assobiava, o Trigue venia correndo, como si fosse um cachorrinho. As sela era tudo bem feita, brilhante.
O chapelo dos cowboy nunca caía. Eles podia rolá na ribanceira, levá soco na cara dos bandido, podia saltá dos trem, das cerca, dos telhado da casa e....nunca, nunca que caía os chapelo. Otra cosa piu interessante era os revólver. Os cowboy da nostra infância dava um milhione de tiro e as bala nunca qui acabava. Era uns revólver bom qui os cowboy tinha. Non era essas porcaria de oggi, qui dá uns seis estampido e o povero do policialo já fica com as mãos abanando.Se o mondo gira e a Lusitana roda, como se via escrito nos caminhone verde escuro da empresa de mudança, devo dire qui os tempo mudaro també pros cowboy. A signora e o signore nem imagina o qui eles anda aprontando oggi nas montanha. Só posso dire qui non tene nada a vere com dá tiro em bandido, nem fugi dos índio. Son as mudança dos tempo.

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