sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

No tempo das injeção

Bongiorno caríssima signora. A passado bene a settimana? E o signore, cavalieri? Tutto em ordene, espero. Io non me passei bene, non. Faz uns 15 dia qui io comprei questo sapato de couro de sola dupla. Aquilo non me parece um sapato, parece mais um caminhão de cabine dupla.
Bene, otra tarde dessas fui com o meu sapatão lá pra Sancaetano fazer uma visita ao Gianello. É inverno, mas a sensação qui io tenho é qui faz mais calor agora do qui no verano. Pelo menos no verano, a gente derrete os célebro de dia, mais, cuando chega a noite, cai aquela tempestade medonha em cima da cabeça di nóis e esfria as idéia.
Até chegar na casa do Gianello, andei uns três quilômetro da estação do trem até a rua onde ele mora. Lá em cima, os meus pé fervia dentro do sapato. Depois da visita, voltei pra casa mia, como se tivesse ido pra guerra. Ia mancando, mal podendo firmá os pé no chão.
Cuando finalmente tirei os sapato, as bolha tinha tomado conta de tutto. A mia signora me preparou um escalda-pé qui me aliviou as dor. Enquanto io estava com os pé na salmora, comecei a pensá nesse hábito do escalda-pé qui nensuno mais faz oggi em dia.
Cuando o povero do bambino ficava resfriado, a prima cosa qui faziam era prepará um escalda-pé pra ele. O infelice ficava com os pé na água fervente, embrulhado num cobertore, rezando pra febre ir embora.
Otra prática qui a desaparecido é a da injeção de se montá. No tempo em qui tinha mais cavalo na rua do qui automóbile, a aplicação de uma injeção era uma cerimônia quase secreta. Chegava na casa nostra questa signora enfermeira, uma alemãzona grandona vestida de branco, com uma caixa metálica prateada.
Dentro da caixa, ia o terror dos bambini: uma seringa de vidro transparente, o embolo e a macabra da agulha. Era uma agulha do tamanho e da grossura de um lápis. Aquilo entrava dentro da gente, causando muito mais dor qui a doença propriamente dita.
Io era um bambino esperto, devo dire. Cuando via a alemãzona enfermeira passando pela porta, saía qui nem um buscapé pela porta dos fundo. Precisava mio nono, mia nona, as mia tia, a mia mamma, tutto mondo correndo pra me pegá. Era uma correria, uma gritaria: “Pega o Beppo! Segura o disgraciato!” Io desviava de uno, desviava de otro, até qui uma mano mais firme me agarrava.
Preso, imobile, via a enfermeira esquentá a caixa metálica no fogão. Aquilo borbulhava por uma meia hora. Saía um cheiro de hospital lá de dentro. Em seguida, ela montava a seringa, com o embolo e aquele barulhinho da agulha qui se prendia: plac. Era o fine. Despois, era fechá os olho e esperá a picada.
Pior qui a injeção só mesmo questo maledetto óleo do fígado dos bacalhau. Mais isto é uma otra história qui fica pruma otra vez. Fica com Dio.

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