sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Um cavalo bianco

Non sei se o signore ou a signora acredita nos sonho. Os sonho quasi sempre sabe multo mais da gente do qui nóis mesmo. Bene, io sonhei qui fui com a mia signora no restaurante e a conta deu 409 real. Io briguei com o garçom e com o gerente do restaurante: “Como é possibile qui dois prato de macarrão e uma garrafa Valpolicella Bolla pode custá 409 real?”, io dizia no sonho pro gerente do restaurante.
Acordei com aquele número 409 na testa. Até comentei com o mio amice Meneghetti. Ele non disse nada. Pegou um papelzinho em cima do balcão do bar do Pinhata e anotou o número.
Devo dire qui uma vez io a sonhado com um cavalo bianco. Era um cavalo multo bonito, maravilhoso, com as crina esvoaçante, as pata rija qui parecia rocha, e aquele pêlo lustroso, brilhante. O cavalo relinchava e empinava, mostrando as ferradura pra mim. Era um belo sonho, com efeito sonoro. Io até ouvia o cavalo relinchando nos meus ouvido.
Assim, foi num sábado pela manhana qui falei para a mia signora: “Escuta, amore mio, vamo visitá o Frei Oreste no Campos do Jordão?” Ela correu, apressada pra fazê as mala. O Frei Oreste era um uomini santo, um filho de Dio qui a devotado tutta sua vita a criar uma obra pelas criança pobre de Campos de Jordão. Naqueles ano, tinha menos gente rica, menos carro chique e mais árvore lá nas montanha.
Pegamo nosso velho Fusca e fomo pra estrada. Era só um caminho e cheio de curva, de abismo, de perigo. Lá em cima da serra, começou a chover. Primeiro, fraquinho. Despois, mais forte, mais forte, até qui ficamo no meio de uma maledetta de uma tempestade. Pra complicá nossa vida, a neblina tomou conta da estrada. Aí, a gente entregou a direção do carro a Gesu e pedimo pra ele levá nóis pela serra acima.
No meio da neblina, cuando a gente ficava a um centímetro do abismo, a meio centímetro das rocha pontuda, bem ali em cima da serra, os farol do Fusca a iluminado questa aparicione magnífica: era um cavalo, empinando, relinchando, tutto bianco. O cavalinho do mio sonho.
Non sei porque, mais depois qui io vi o cavalo, fiquei tranqüilo, passou o medo e chegamo em segurança na casa do Frei Oreste. Contei pra ele o qui tinha acontecido, e o frei sorriu pra mim e me colocou a mão no ombro. Aquele gesto de compreensão profunda dos mistério do mundo me comoveu multo.
Bene, otro giorno desses o Meneghetti me aparece no Pinhata com um bolo de dinheiro no bolso. Pagou cerveja, vino e pinga pra tutto os amici. Io falei: “Meneghetti, qui a fato? A ganhado na loteria?”
“Sabe questo número qui você a sonhado, questo 409? Joguei no bicho e ganhei uma bolada.”
Porca miséria, o signore acredita qui ele ganhou com o meu 409? E onde fica a Justiça nesse mondo?Fica com Dio.

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