sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A mia vila

Acho que a sido o grand escritore russo Dostoievsky qui a dito: “Fale da sua vila e você estará falando da humanidade”. Probavelmente, ele devia conhecer onde io fui criado. Vou dizer uma cosa pra signora: lá, a gente encontrava tutto os tipo do mondo. Tinha de tutto um pouco. Era só escolher.
A nossa vila tinha dois bêbado, qui morava na rua. Eles enchia a cara e ficava com aquela cara de pastele de feira, com as garrafa de pinga na mano, aproveitando a sombra de uma árvore generosa. Os comerciante arrumava emprego pra eles. Eles trabalhava um mês ou dois e poco tempo despois lá vinha os dois com um pé no mato e otro na estrada.
Na mia vila, tinha um louco. De vez em cuando, ele saía gritando na rua. As visita estranhava. Ficava assustada: “Managia mia, qui sucede?”. Non era nada. “É o louco qui gosta de gritar”. “Va bene”.
Lembro de uma signora anãzinha, qui devia medir menos de 1 metro. Io era bambino e morria de medo dela. Cuando ela aparecia na rua, com as sacola das feira, io saía correndo, apavorato. Um giorno, ela me pegou desprevenido e me cumprimentou. Passou a mano na mia testa. E desse giorno em diante nunca mais tive paúra dela.
Tinha um moço qui gostava de otros moço; a dona casada qui tenia um romance com o estudante de medicina (tutto mondo sabia, menos o marido); um albino qui usava óculos escuro até de noite; o ladrone vizino da dona Olga; uma mãe solteira, qui trabalhava na Generale Motors pra sustentar o filho pequeno; um velhinho qui passeava com um galo durante as madrugada. Era algum dos personage da mia vila.
Io estava pensando nessas cosa em questa settimana cuando acordei multo cedo e saí caminhando pelas rua de São Bernardo, a mia citá. Vi um atleta de camiseta, calção e um desses tênis com amortecedore, qui praticamente corre sozinho. Um metalúrgico indo pra Volks de bicicleta; um mendigo revirando as lata de lixo, em busca de latinha de alumínio.
O sol ainda não tinha saído de tutto. A manhã era clara, transparente, suave. Non se ouvia um barulho de construção, uno estampido de escapamento, nenhuma voz. Longe, multo longe, um alarme tocava desafinado, cansado de gritar sem ser ouvido.
Na porta da padaria, os político conversava e trocava tapinha nas costa. “Tutti buona gente”, diria mio nono pra completar em seguida: “Tutti ladri também”. Cuando io ia atravessar a rua, foi qui vi ela vindo na mia direcione. Era morena, cabelo comprido até os ombro, um vestido multo colorido e amassado demais para aquela hora da matina. Deslumbrante, a maquiagem desfeita. Descalça, carregava a bolsa e os sapato de salto alto na mano. No canto da boca, um sorriso maroto. Non escondia de nensuno qui a noite devia ter sido generosa para com ela.

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