sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Os male entendido

Ontem me ligou o Miguelzinho. É um primo afastado da família. Ele queria falá com a mia mamma. Uma conversa que demoraria uns dois minuto, com o Miguelzinho parece prorrogacione de Copa de Mundo: non acaba nunca. O problema, signora, é qui ele non escuta o qui a gente diz no teléphono.
“Alô, quem fala?”
“É o Beppo.”
Ele grita do otro lado: “Maneco, qui Maneco? Eu não conheço nenhum Maneco.”
Io falo gritando: “Beppo, é o Beppo, porca miséria! Filho da Orlanda Moratti.”
E ele: “Beppo, o qui você está fazendo aí?”
“Gesu Christo, Miguelzinho. É a mia casa, onde mais você queria qui io estivesse. Debaixo dos viaduto?”
Aí junta ele e a mia mamma no teléphono. Ele precisa de um número qui só a mia mamma qui sabe de cabeça. Ela diz: “Miguelzinho, o número qui você quer é 6636-9298. Non, três non. É seis, meia, meia, MEIA, SEIS!!”
A mia mamma, qui também tem as orelha meio fechada, vai levantando a voz até qui vira uma barulhada infernale em casa: “Três, não, Miguelzinho. É SEIS! MEIA, MEIA, TRÊS!!!”
Uma vez, fomos tutto nóis pescá na Billings. No nosso barco, ia o Pinhata, o Meneghetti e quem dirigia era questo grand preservacionista das represa, o Hermínio Costa, do Riacho Grande, um uomini qui conhece as nascente pelos nome, como a professora conhece os aluno de sua classe.”
Bene, no otro barco juntô o Miguelzinho, o Hugo Capelli e o Buonasera. Os três, devo dire, era poco privilegiado dos ouvido. Era uma cinco e meia da tarde quando me fechou o tempo. O qui era represa tinha virado uma nuvem branca. Nem as mão a gente enxergava direito. Non tenia mais margem, nem árvore, nem nada. Era só aquela brancura, como deve ser o Céu depois qui a gente morre.
Gracia a Dio, no nosso barco ia o Hermínio qui anda pelas represa no escuro, com os olho fechado, como se fosse de dia ensolarado. Agora, os do otro barco ficaro completamente perdito.
A gente gritava: “MIGUELZINHO!! HUGO!! BUONASERA!!” Acho qui uma porta escutava melhor qui os três junto. De resposta, só vinha questo barulho da água batendo no casco e os peixinho soltando bolha na superfície da represa: ploc, ploc, ploc.
Foi assim qui perto de nóis apareceu aquele fogo alto, enquanto os três da embarcacione perdida, gritava: “Aiuto! Aiuto!”. Era uma fogueira dessas de São João no meio da represa. Acontece qui o Buonasera deve a idéia de fazê uma fogueirinha com gasolina, por causa do fredo qui fazia, e aí o qui era foguinho virou um fogueirão. Foi só eles pulá pro nosso barco pro fogo engoliu os remo, os assento e tutto mais qui tenia restado, até um baiacu de 20 quilo, qui os três jura qui pescaro e qui nensuno a visto.

Nenhum comentário: